Você já apresentou livros com representatividade indígena às crianças? Nossa história é permeada de pegadas e vozes indígenas. A forma como nos alimentamos, nossa higiene e até nossa língua, que possui várias palavras de origem indígena, tudo isso carrega a história e o presente dos povos originários do Brasil.

8 livros com representatividade indígena que as crianças precisam conhecer. Livro redondeza
Imagem do livro Redondeza, de Daniel Munduruku e Roberta Asse.

É fundamental preservarmos nossa história, e por isso devemos apresentar aos pequenos desde cedo a riqueza dos povos que construíram e ainda constroem nosso país, para naturalizar a presença dos povos indígenas, cujas vidas devem ser protegidas como qualquer outra. Para ampliar o repertório dos pequenos, separamos 8 livros com representatividade indígena que as crianças vão adorar conhecer!

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Livros com representatividade indígena para leitores de 0 a 2 anos

Redondeza (escritor Daniel Munduruku, ilustradora Roberta Asse, editora Criadeira Livros)
Escritor: Daniel Munduruku
Ilustradora: Roberta Asse
Editora: Criadeira Livros

Redondeza

Nossa primeira dica de livros com representatividade indígena é a obra Redondeza. O livro já começa com um convite: “vem ver nosso lugar”, diz uma das crianças. E em seguida podemos conhecer o dia a dia de diferentes povos indígenas e refletir sobre as múltiplas infâncias! Aqui vemos as crianças brincando em contato com a natureza, e também vemos o momento em que elas escutam a avó contar histórias. Será que a infância indígena é tão diferente da infância que muitos de nós vivenciamos no ambiente urbano?

Abaré (autora Graça Lima, editora Paulus).
Autora: Graça Lima
Editora: Paulus

Abaré

Este é um livro com representatividade indígena e também é um livro-imagem! Nele podemos acompanhar através das ilustrações a aventura de um garoto indígena cercado pela natureza e pelos animais da floresta, como o boto, o jacaré e a onça-pintada. Repleto de representatividade da fauna e flora brasileira, Abaré é um livro que retrata a amizade do menino com todos os elementos que o cercam. Inclusive, o título do livro já nos dá essa pista, já que Abaré significa “amigo” na língua tupi-guarani.

Veja também: Livro-imagem: saiba como ler um livro infantil só com imagens

Livros com representatividade indígena para leitores de 3 a 5 anos

Menina mandioca (escritora Rita Carelli, ilustradora Luci Sacoleira, editora Pallas Mini)
Escritora: Rita Carelli
Ilustradora: Luci Sacoleira
Editora: Pallas Mini

Menina Mandioca

Em Menina Mandioca, vamos conhecer a história indígena do surgimento da Mandioca. Existem vários mitos indígenas que buscam explicar a origem de seres e plantas. Esses mitos eram transmitidos oralmente pelos mais velhos aos mais novos como uma tradição. Nesta história, conhecemos Maní, uma menina que se sacrifica para dar de comer ao seu povo, que tira todo seu sustento da natureza. Aqui podemos ver a intensa relação dos povos indígenas com a natureza e sua sintonia com o ambiente em que vivem.

Falando Tupi (autor Yaguarê Yamã, editora Pallas).
Escritor: Yaguarê Yamã
Ilustrador: Geraldo Valerio
Editora: Pallas

Falando Tupi

Esta é uma obra especial para os pequenos leitores conhecerem a língua tupi-guarani! O livro Falando Tupi apresenta a origem de várias palavras que usamos em nosso cotidiano e que nem sabemos que são de origem indígena. O escritor Yaguarê Yamã conta a história do livro na língua tupi, e em seguida temos a tradução para o português. É interessante observar o quão rica é a língua tupi e o quanto o nosso português herdou dela. Para os pequenos que estão começando a adquirir vocabulário, essa é uma ótima oportunidade para eles expandirem seu repertório.

Livros com representatividade indígena para leitores de 6 a 8 anos

Minha família enauenê (autora Rita Carelli, ilustradora Anabella Lópes, editora FTD)
Escritora: Rita Carelli
Ilustradora: Anabella López
Editora: FTD

Minha família Enauenê

O que é ser menina para você? E o que é ser menina em uma aldeia indígena? Nesta obra autobiográfica de Rita Carelli, ilustrada por Anabella López, vemos discutidos os papéis atribuídos a cada gênero dentro da aldeia do povo Enauenê-Nauê. A protagonista desta história decide que quer se tornar menino, para poder brincar, nadar e subir nas árvores. Minha família Enauenê é uma obra que retrata a diversidade cultural presente no Brasil e permite que os pequenos leitores reflitam sobre acolhimento, respeito e tolerância.

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Guayarê (autor Yaguarê Yamã, editora Biruta)
Autor: Yaguarê Yamã
Editora: Biruta

Guayarê: o menino da aldeia do rio

Nessa próxima dica de livros com representatividade indígena, somos convidados a conhecer a cultura do povo Maraguá, em mais um livro bilíngue, desta vez em português e maraguá. Nesta história, Guayarê nos apresenta seu dia a dia na aldeia em que vive e descobrimos que o menino busca ansiosamente seu momento de passar pelo Wakaripé, um ritual que marca a passagem das crianças para a vida adulta. Guayarê: o menino da aldeia do rio é uma importante obra para apresentar as diversas culturas e línguas às crianças e expandir seu repertório.

Livros com representatividade indígena para leitores de 9 a 12 anos

A chave do meu sonho
Escritor: Daniel Munduruku
Ilustradora: Rita Carelli
Editora: Uk’a Editorial

A chave do meu sonho

A chave do meu sonho é um livro com representatividade indígena para falar sobre sonhos, amadurecimento e a busca pelo próprio caminho! O protagonista desse livro, o filho do cacique da aldeia, vive com muitas incertezas sobre seu futuro. Sendo rejeitado pela mãe na infância, ele tem dúvidas sobre seu papel no mundo. Nesta obra de ficção de Daniel Munduruku, acompanhamos a jornada de um menino indígena em busca do autoconhecimento.

Veja também: Entrevista com Daniel Munduruku: o poder do entorno na criação dos filhos

O cão e o curumim (escritor Cristino Wapichana, ilustradora Taisa Borges, editora Melhoramentos)
Escritor: Cristino Wapichana
Ilustradora: Taisa Borges
Editora: Melhoramentos

O cão e o curumim

E nossa última dica é uma obra riquíssima para ler com as crianças. Este livro de Cristino Wapichana e Taisa Borges é repleto de representatividade indígena e da nossa fauna e flora. A narrativa apresenta a história de amizade e lealdade entre um menino e seu cão, a quem ele dá o nome de Amigo. O cão e o Curumim é mais uma narrativa sensível que nos apresenta o cotidiano de um povo indígena e sua relação respeitosa com a natureza que o cerca.