Saiba quais são os alimentos que soltam o intestino do bebê e os que prendem o intestino dele para oferecer uma alimentação saudável
Você sabe quais são os alimentos que soltam o intestino do bebê? E o contrário: quais são os alimentos que prendem o intestino do bebê? Pois é, seja um pai ou uma mãe de primeira viagem ou alguém que já tenha passado por isso algumas vezes, esse é um conhecimento bastante importante.
A partir do momento em que os pequenos começam a introdução alimentar, é normal passar a introduzir uma série de comidinhas saudáveis a eles, em um processo que pode não ser o mais fácil do mundo, é verdade, mas que é muito recompensador e emocionante para toda mamãe e todo papai.
Passado o momento da alimentação, parte do resultado aparece nas fraldas. Porém, se elas estiverem muito “recheadas”, isso pode ser um sinal de que o bebê comeu algo que soltou seu intestino. O oposto também é verdadeiro: fraldas “sem recheio” podem significar que o intestino está preso.
Para lhe ajudar, nós separamos um miniguia com o que você precisa saber em relação à flora intestinal dos bebês. Assim, o preparo das refeições tende a ser bastante equilibrado e ajuda a saúde dos pequenos da melhor maneira possível!
Como saber se o bebê está com algum problema intestinal?
Basicamente, isso depende de dois fatores: da quantidade de fraldinhas com cocô que eles enchem por dia e de como estão as fezes. Vamos entender melhor:
Quantas vezes um bebê faz cocô por dia?
Depende principalmente de dois fatores: da idade dos pequenos e do fato de eles mamarem leite materno ou recorrerem à fórmula.
Começando pela idade, para bebês que mamam no peito, temos o seguinte:
- De 1 a 3 dias de vida: nos primeiros 2 dias de vida, o cocô do bebê será o mecônio, uma substância pastosa de cor esverdeada escura. A cor deve mudar para um amarelo-esverdeado por volta do 4º dia de vida.
- Nas primeiras 6 semanas: aqui, o cocô já está mais amarelado. Em média, é esperado que eles encham as fraldas 3 vezes por dia, mas certos bebês podem fazê-lo até 12 vezes no mesmo dia. Depois de algum tempo, a flora fica mais regulada e eles podem fazer cocô em um dia e só voltar a fazer depois de 2 dias.
- Depois de começar a comer alimentos sólidos: quando isso acontece, o bebê costuma fazer mais cocô do que vinha fazendo antes, pelo menos até que sua flora intestinal se acostume com a situação de que não haverá mais apenas o leite em sua dieta.
Para bebês que mamam fórmula, os hábitos podem mudar um pouco:
- De 1 a 3 dias de vida: aqui, a situação é a mesma que nos que mamam no peito.
- Nas primeiras 6 semanas: o cocô tem uma coloração marrom-claro ou esverdeada. Especialmente no primeiro mês, o normal é fazer cocô de 1 a 4 vezes por dia. Porém, depois do primeiro mês, eles podem fazer dia sim, dia não.
- Depois de começar a comer alimentos sólidos: nessa fase, geralmente os bebês fazem cocô de 1 a 2 vezes por dia.
É claro que cada bebê é um bebê e, portanto, não existe uma regra absoluta em relação a quantas vezes eles devem encher suas fraldas por dia. Porém, caso as quantidades estejam discrepantes em relação ao que vimos acima, é sempre indicado procurar seu pediatra ou outro médico de confiança.
Veja também: Saltos de desenvolvimento do bebê. O que são e quando ocorrem
Quais são os sinais de alerta no cocô do bebê?
Além das quantidades propriamente ditas, há outros pontos que merecem atenção e, caso sejam identificados, o ideal é sempre procurar pelo pediatra ou por um médico confiável para um diagnóstico mais preciso. Alguns desses pontos são os seguintes:
- Fezes com coloração preta depois do período da liberação do mecônio (o normal é que o mecônio seja eliminado até o terceiro dia);
- Fezes com sangue;
- Fezes cinzas ou esbranquiçadas;
- Mais cocôs por dia do que é esperado para a faixa etária do bebê;
- Cocô com muito muco ou água.
Veja também: Método BLW para alimentação dos bebês. O que é e como fazer
Quais são os alimentos que soltam o intestino do bebê?
Depois de entender uma estimativa de quantas vezes os pequenos recheiam suas fraldas, é chegada a hora de compreender melhor quais alimentos podem fazer que eles façam cocô mais vezes que o esperado, como os seguintes:
Frutas que soltam o intestino do bebê
- Abacate;
- Ameixa preta (in natura ou seca);
- Banana nanica;
- Kiwi;
- Laranja (principalmente com o bagaço);
- Mamão;
- Manga;
- Mexerica (tangerina ou bergamota);
- Pêssego;
- Uva.
Legumes que soltam o intestino do bebê
- Abóbora;
- Batata-doce;
- Feijão carioca.
Verduras que soltam o intestino do bebê
- Almeirão;
- Brócolis;
- Couve;
- Escarola;
- Espinafre;
- Rúcula.
Cereais e sementes que soltam o intestino do bebê
- Arroz integral;
- Aveia;
- Chia;
- Milho;
- Quinoa real.
Quais são os alimentos que prendem o intestino do bebê?
Da mesma forma que temos as comidas que soltam o intestino do bebê, também temos aquelas que prendem o intestino do pequeno, como as seguintes:
Frutas que prendem o intestino do bebê
- Caju;
- Banana maçã;
- Banana prata;
- Goiaba;
- Jabuticaba (sem casca);
- Melão;
- Maçã (sem casca);
- Pêra (sem casca);
- Suco de limão (preferencialmente sem açúcar).
Legumes que prendem o intestino do bebê
- Batata baroa;
- Batata inglesa;
- Cará;
- Chuchu.
Cereais e sementes que prendem o intestino do bebê
- Arroz branco;
- Farinhas refinadas.
Leia também: Como fazer papinha para bebê? Confira 9 receitas rápidas, fáceis e saudáveis
Com tantos alimentos que prendem o intestino do bebê e outros que soltam, como proporcionar uma alimentação saudável?
Aqui, cabe um conselho que se aplica muito bem em vários momentos da vida: moderação. O ideal é não abusar dos alimentos que soltam o intestino do bebê e, da mesma forma, não dar tantos alimentos que prendem o intestino do bebê de uma vez.
Quando pensamos na alimentação seletiva, aquela fase em que os pequenos demonstram desinteresse pelos alimentos, torna-se superimportante ter uma série de opções para conseguir contornar a situação e, assim, continuar permitindo que eles comam bem.
Só nas listas acima, são mais de 35 opções de alimentos entre os que prendem e os que soltam o intestino dos pequeninos. Logo, se você notar que eles não estão enchendo tantas fraldinhas, vale olhar na primeira parte da lista e, se o cocô estiver vindo muitas vezes, vale fazer o oposto.
Porém, é importante destacar que nem todas as crianças reagirão da mesma maneira. Algumas podem ser mais sensíveis aos alimentos que prendem e soltam, o que influenciará diretamente em sua flora intestinal, ao passo que outros pouco sentirão qualquer tipo de mudança.
No final das contas, o que realmente importa é proporcionar uma alimentação de qualidade. Isso, inclusive, pode até aumentar a imunidade infantil com muita saúde e com alimentos saudáveis, bem como reduzir a incidência de cólicas em bebês.
De acordo com o MSD Manuals, a gastroenterite infecciosa é a doença gastrointestinal pediátrica mais comum, com algo de 3 bilhões a 5 bilhões de episódios por ano, sendo 350 milhões deles apenas nos Estados Unidos. Essa, por exemplo, é uma condição que também pode afetar a flora intestinal.
Mais uma vez, deixamos aqui a orientação: caso note algo de estranho com as fezes do bebê, seja em quantidade ou em suas características, procure por auxílio médico.
Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar — especialmente quando estamos falando de bebezinhos.
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