Você provavelmente deve ter visto um caso que chamou bastante atenção nas últimas semanas: a filha do apresentador Tiago Leifert, de apenas 1 ano e 3 meses, foi diagnosticada com retinoblastoma, um tipo de câncer ocular raro. Isso naturalmente trouxe destaque à importância do oftalmologista para bebê.

Segundo dados da Biblioteca Virtual em Saúde, são cerca de 400 casos por ano no Brasil desse tipo de câncer — o que representa apenas 3% dos cânceres infantis.

Esse caso acende um alerta para pais e responsáveis. Além das vacinas obrigatórias, das consultas de rotina com pediatra e outros cuidados com a saúde, é necessário observar também a saúde ocular das crianças.

A melhor forma de fazer isso é procurar um oftalmologista para bebê, uma vez que somente o profissional está capacitado para avaliar o quadro, pedir exames e dar o diagnóstico correto.

Você provavelmente deve ter várias dúvidas sobre esse assunto, e é por isso que resolvemos criar este conteúdo. Portanto, vem com a gente!

O que o caso de Lua, filha de Tiago Leifert, nos ensina?

Oftalmologista para bebês e crianças

Em mais um dia comum na rotina de Tiago Leifert, em que voltou para casa e pegou a filha Lua no colo, o apresentador percebeu que havia algo diferente no olhar da bebê. Em vez de olhar para os olhos do pai, Lua estava olhando um pouco mais para o lado.

Esse foi o primeiro sinal de que algo estava errado, o que levou os pais a buscarem um oftalmologista para entender o que estava acontecendo. O diagnóstico recebido foi o de retinoblastoma, um tipo raro de câncer nos olhos que atinge principalmente as crianças.

Como você pode imaginar, o susto foi grande, sobretudo porque a doença tem 5 classificações que vão de A a E, e Lua tem o tipo mais grave, o nível E.

Não é fácil receber esse tipo de notícia, mas isso mostra a importância de observar os olhos dos pequenos com atenção para ter um resultado precoce caso algo não esteja certo. Quanto antes o problema for descoberto, maiores as chances de cura.

Veja também: Reflexos primitivos do recém-nascido. Entenda o que são e como funcionam

Quando levar a criança ao oftalmologista?

Oftalmologista para bebê e criança. Quando ir ao oftalmologista

Às vezes, nem é preciso notar que há algo de diferente no olhar no bebê. É comum que os pais só levem os filhos ao pediatra quando há consultas obrigatórias de rotina ou quando aparecem sintomas atípicos.

No geral, não temos essa cultura de fazer acompanhamento da nossa saúde como prevenção, e isso contribui para o agravamento de muitas doenças e o diagnóstico tardio delas.

Muitos pais só deixam para levar a criança ao oftalmologista na fase de alfabetização. Isso porque quando elas entram na escola, começam a apresentar dificuldades no aprendizado. Então, é nesse momento que se descobre que a criança tem algum problema na visão, mas geralmente seria possível descobrir a adversidade bem antes.

Desde as primeiras horas após o nascimento já começam a ser feitos exames para conferir se a visão do bebê está saudável. O Teste do Olhinho é realizado para analisar se a luz está passando corretamente pela retina e enviando as informações para o cérebro.

O primeiro ano de vida do bebê precisa ter um acompanhamento oftalmológico mais próximo e intenso, pois são nos primeiros meses que os olhos mais se desenvolvem. Depois desse período, é recomendável visitar o profissional de seis em seis meses até o bebê completar dois anos.

Veja o que cada fase representa e o que você pode descobrir sobre a saúde dos olhos da criança durante a infância.

  • De 3 a 6 meses, o médico consegue identificar se há má formação ou dificuldades no desenvolvimento da visão.
  • Com um um ano, a visita ao oftalmo é para avaliar todo o primeiro ano da visão do bebê.
  • A partir dos 2 e 3 anos, ainda é possível verificar problemas na formação ou desenvolvimento, tais como estrabismo e anisometropia (quando os olhos têm graus diferentes).
  • De 5 a 7 anos, o profissional analisa se a criança tem problemas refracionais que são mais comuns na vista (e geralmente são descobertos nesse período de início da alfabetização), como miopia, astigmatismo e hipermetropia.
  • Já entre os 12 e 15 anos as consultas servem para reavaliar se existem problemas refracionais, pois alguns problemas podem surgir nessa faixa etária, entre eles a miopia.

Essas idades não são como um cronograma fechado para levar as crianças ao oftalmologista, trata-se apenas de sugestões para fazer o acompanhamento da visão desde o começo. Afinal, se em alguma das visitas aparecer algo incomum, será preciso investigar para fazer o tratamento correto.

Sinais de alerta: quando se preocupar com a saúde ocular da criança?

Oftalmologista infantil

Tiago Leifert e Daiana Garbin tiveram sorte em observar que o olhar da filha não estava como de costume. No entanto, os sinais ou sintomas podem ser diferentes de criança para criança.

Nesse contexto, os problemas de visão podem afetar bebês e crianças de qualquer idade. Por isso, conhecer alguns sinais que merecem atenção ajudam a realizar o diagnóstico com mais rapidez e aumentam as chances do tratamento ser bem-sucedido.

Confira quais são os sinais de que algo pode estar errado com a vista da criança:

  • Secreção excessiva saindo dos olhos.
  • Os olhos ficam lacrimejando, mesmo quando a criança não está chorando.
  • Inflamação, vermelhidão ou coceira.
  • Sensibilidade à luz.
  • Dores de cabeça durante ou após as aulas ou quando faz o dever de casa.
  • Dificuldade em enxergar, então precisa ver TV mais de perto.
  • Nos recém-nascidos, o olhar não acompanha movimentos, objetivos nem luzes.
  • Reflexo branco nos olhos quando se tira foto com flash (parecido com o brilho nos olhos dos gatos.
  • Estrabismo a partir dos 3 meses de idade.
  • Movimentos irregulares dos olhos.
  • Histórico familiar de problemas de visão.

Como é feita a consulta com o oftalmologista para bebê?

As consultas de bebês e crianças às vezes causam certa aflição, não é verdade? É o medo de descobrir algum problema misturado com a ansiedade de ver os pequenos caírem no choro ao serem examinados.

Mesmo sabendo que é para o bem deles, é meio difícil superar esses sentimentos.

Contudo, a consulta oftalmológica para bebês é fundamental. O profissional vai observar aspectos internos e externos dos olhos — inclusive pontos como a simetria do rosto, a postura e até o desenvolvimento psicomotor da criança.

Os bebês ainda não sabem se comunicar e não conseguem dizer que tem algo acontecendo. Portanto, os exames realizados precisam ser completos, compreendendo fatores diretos, objetivos e também físicos. Assim, um dos exames é a fundoscopia, em que se observa o fundo do olho, a retina e as estruturas internas do órgão.

Independentemente da idade, as consultas precisam ser realizadas com regularidade para avaliar se existem doenças na visão ou até conferir a necessidade do uso de óculos. A procura de oftalmologista para bebê não deve ser feita apenas quando você perceber algo incomum — na verdade, busque sempre cuidar da saúde dos pequenos de forma preventiva.

A leitura costuma ser uma questão importante para conferir se a visão da criança está boa. A dificuldade para ler é um dos sinais que mais levanta suspeita, certo? Além de todos os benefícios da leitura, ainda é possível contribuir para que as crianças tenham uma vida mais saudável. Nesse contexto, o clube de leitura Quindim tem livros com histórias extraordinárias que vão levar a garotada para outros mundos!

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