Pula a fogueira! Olha a cobra! É mentira! Essas frases são típicas das comemorações das festas juninas, celebrações nacionais muito queridas. Mais do que proporcionar deliciosas comilanças e motivar eventos escolares, essas festividades contam muito da história do nosso país e fortalecem a identidade do nosso povo.
Conversar sobre elas com as crianças também é uma forma de apresentá-las à ideia da cultura popular. E, para ajudar nessa tarefa, separamos dez curiosidades sobre as festas juninas.
Conheça 10 curiosidades sobre as festas juninas:
1. origem da festa
Típicas em nosso país hoje, as festas juninas são heranças que vêm da Europa. Originalmente, era uma festa pagã para comemorar o solstício de verão no Hemisfério Norte, que é quando o sol chega ao ponto mais baixo do céu em relação à Terra.
2. fESTA JOANINA OU FESTA JUNINA?
Na Idade Média, com a expansão do catolicismo na Europa, a festa foi associada aos costumes cristãos. Era chamada de “joanina”, em homenagem a São João Batista, cujo aniversário seria em 24 de junho. Depois foram incorporadas às festas juninas a homenagem a Santo Antônio e São Pedro.
3. iNFLUÊNCIA DOS POVOS INDÍGENAS
Aqui no Brasil, na mesma época do ano, os povos indígenas realizavam celebrações com danças e comidas relacionadas às práticas agrícolas. Quando foram trazidas pelos portugueses, as festas juninas incorporaram os costumes locais.
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4. cOMIDAS TÍPICAS: QUAL É A SUA FAVORITA?
Uma das grandes atrações das festas juninas é a comida típica. Quando a celebração chegou por aqui, incorporou alguns de nossos alimentos nativos, como mandioca ou aipim, abóbora, canjica, batata-doce, milho e o genipapo.
5. A QUADRILHA e outras danças típicas
As festas juninas acontecem em todo o país em formatos variados. Algumas das danças típicas são nativas da nossa terra, como o forró e o boi-bumbá. Já a quadrilha é uma versão das danças praticadas pela nobreza nos salões franceses do século 18. Aliás, alguns dos nomes dos passos, como “anarriê”, vêm do idioma francês.
6. figurinos criativos e brasileiros
Sobre as roupas típicas, elas também podem ser relacionadas às festas europeias, em que as mulheres usavam vestidos armados e rodados, salto plataforma e perucas. Por aqui, ganharam uma versão mais brasileira, com tecidos típicos, coloridos como a chita, sandálias ou botas de couro e chapéus – tudo isso mais compatível com o trabalho na lavoura.
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7. cULTURA CAIPIRA
A identidade do caipira também é bastante marcante nesse tipo de festa. Afinal, ela reflete os hábitos de quem representava a maior parte da população naquela época, que era quem vivia na zona rural. Essa imagem sofreu bastante influência da figura do Jeca Tatu, criada pelo escritor Monteiro Lobato e caracterizada como malvestida, sem dentes e com roupas rasgadas. Trata-se, entretanto, de um estereótipo muito criticado atualmente.
8. uMA FOGUEIRA NÃO PODE FALTAR
Já as fogueiras vêm das tradições greco-romanas e celtas, que agradeciam aos deuses pelas vitórias na agricultura através desse símbolo. A fogueira é vista, ainda, como ícone de purificação, capaz de afastar más energias e de reunir amigos e familiares.
9. e também as muitas bandeirinhas coloridas
O maior símbolo decorativo das festas juninas são as bandeirinhas coloridas. Elas também derivam da religião: inicialmente, traziam imagens dos santos penduradas e eram imersas em água. Assim, fazia-se a lavagem dos santos, capaz de purificar a todos. Hoje, as bandeirinhas têm formato específico e podem vir em várias cores e motivos, mas ainda têm a função de purificar.
10. Festas Juninas: patrimônio cultural do Brasil
As festas juninas no Nordeste do país são um grande patrimônio da nossa cultura. Na Paraíba, em Campina Grande, fica aquela que é conhecida como a maior festa de São João do mundo. Ela se estende por um mês e tem shows, campeonato de quadrilhas e casamento coletivo. Chega a atrair mais de 2 milhões de pessoas. Outra festa famosa é a de Caruaru, em Pernambuco. Leva mais de um mês, também tem shows, barracas típicas, forró e quadrilhas.
Estante Quindim
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