Ver as crianças crescendo às vezes chega a dar uma dorzinha no coração, afinal, elas vão se tornando mais independentes e aprendem a caminhar sozinhas com as próprias pernas — em sentido literal e figurado.
No entanto, a aflição que os pais sentem vendo os filhos crescendo pode se tornar mais intensa e preocupante quando os pequenos sentem dores ao crescer. Estamos falando sobre as dores do crescimento na infância e adolescência.
O desconforto pode atingir de 10% a 20% das crianças de 2 a 8 anos de idade, de acordo com o pediatra Clovis Artur Almeida Silva, responsável Técnico-Científico pela Unidade de Reumatologia do Instituto da Criança, em um conteúdo do portal EBC.
Essas são consideradas dores benignas e autolimitadas, ou seja, elas desaparecem sem precisar de tratamento. Portanto, é uma condição que não atinge todas as crianças e adolescentes.
Quer saber mais sobre o que são essas dores, os sintomas e, principalmente, como aliviar essa condição e proporcionar mais conforto para os pequenos? Acompanhe então o nosso clube de assinatura de livros infantis neste post!
O que são dores do crescimentos na infância e adolescência?
As dores do crescimento na infância e adolescência são dores que costumam se manifestar em determinadas partes do corpo, geralmente na região das pernas — nas coxas, pouco abaixo e atrás dos joelhos e nas panturrilhas, que podem se estender até os tornozelos.
Elas podem estar presentes em crianças e adolescentes, que vão dos 2 até os 18 anos de idade e atingem tanto meninos quanto meninas.
Entretanto, as dores são mais comuns nas meninas, podendo melhorar após os 12 anos. Além disso, a condição costuma aparecer mais na parte da noite, em que muitas vezes a criança pode até mesmo despertar do sono por conta do incômodo.
A boa notícia é que a dor não é constante. Ou seja, não aparece todos os dias e também pode acontecer por um período e depois passar após alguns meses ou anos, principalmente quando a criança chega aos 12 anos.
Além disso, outro ponto importante a se ressaltar é que o problema tende a aparecer na idade escolar, sobretudo na faixa que vai dos 5 aos 10 anos.
A Sociedade Brasileira de Pediatria explica que os médicos ainda desconhecem exatamente quais as causas dessas dores, mas que, apesar desse nome, não costumam ter relação exata com o crescimento em si.
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Quais são os sintomas das dores de crescimento?
Como já abordamos anteriormente, as dores do crescimento podem aparecer tanto em crianças quanto em adolescentes, afligindo mais as meninas. No geral, a dor é acompanhada de desconforto e provoca grande incômodo, aparecendo especialmente no fim do dia e pela noite.
Os membros mais atingidos são as pernas, incluindo as coxas, parte de trás dos joelhos, panturrilha e até o tornozelo. Os sinais que caracterizam a condição são:
- As dores nas pernas são inconstantes.
- Pioram quando as crianças fazem muitas atividades, como jogar bola, nadar, correr, pular e praticar outros exercícios.
- O incômodo alivia pela manhã.
- Há sensibilidade ou calor na região afetada.
- A criança sente dor nas articulações.
- Em alguns casos, acontece também inchaço ou vermelhidão nas áreas doloridas.
- Podem haver cansaço excessivo, fraqueza e dificuldade para andar.
- Algumas crianças podem apresentar febre.
Apesar de serem sintomas bem desconfortáveis e que afetam o dia a dia da criança, a dor do crescimento dura alguns meses e, em algumas situações, perdura por alguns anos. Contudo, as dores desaparecem assim que o pico de crescimento da criança termina.
A dor do crescimento é comum ou é sinal de alguma doença?
As dores geralmente apontam que algo não está indo bem, certo? Porém, nesse caso, o incômodo da dor do crescimento não significa que a criança esteja doente.
Entretanto, é importante ir até um pediatra para investigar se realmente não há outra questão envolvida nessas dores. Inclusive, o médico pode indicar medicação ou fisioterapia para casos em que o incômodo atrapalha a rotina da criança.
As queixas de dores chamadas “músculo-esquelética” são frequentes nos consultórios, mas isso não significa que exista uma doença envolvida. Por outro lado, a investigação pode apontar dores reumáticas ou até mesmo a presença de outros problemas mais graves, entre eles reumatismo, alterações ortopédicas, neoplasias, doenças infecciosas e outras condições.
Desse modo, o ideal é sempre buscar ajuda de um especialista que possa requisitar exames para identificar a origem dessas dores — que podem ser benignas, como no caso das dores de crescimento.
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Dor de crescimento na infância e adolescência: como aliviar?
Como as dores do crescimento não estão associadas a anormalidades ou deformações, os pediatras dizem que não há muito o que se fazer, é preciso esperar passar. Ainda assim, os profissionais recomendam que sejam feitos procedimentos paliativos.
Além disso, outros cuidados envolvem dar atenção e acolher a criança nos momentos em que o desconforto é mais intenso, conversando e explicando que a dor deverá passar dentro de algum tempo.
Confira outras formas de aliviar as dores do crescimento nos pequenos.
Faça compressa com gelo
Assim como nas dores provocadas por atividade física intensa, a utilização de uma bolsa com gelo tem resultados positivos nessa situação. Faça a compressa na área dolorida por cerca de 10 a 20 minutos e instrua a criança para que ela fique em repouso e evite outras atividades físicas.
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Cuide da alimentação e reforce o consumo de vitaminas
Mesmo que não haja comprovação científica de que a ausência de vitaminas pode ter relação com as dores do crescimento, o cálcio e a vitamina D são essenciais para garantir a saúde óssea da criança.
Os nutrientes se relacionam porque a vitamina D é a responsável por fazer o cálcio se fixar na placa de crescimento. Nesse sentido, elas são complementares e precisam atuar em conjunto para que a criança cresça de forma saudável.
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Faça massagem na região afetada
As massagens já são velhas conhecidas quando sentimos dores, certo? Quando as crianças sentem as dores do crescimento, também é possível aplicar essa estratégia para aliviar o desconforto. A ação de massagear ajuda no relaxamento dos músculos e aumenta a sensação de bem-estar.
Aplique um creme de massagem ou hidratante para que as mãos deslizem com mais suavidade, sem causar atritos que possam aumentar as dores na área afetada. Óleos também são boas opções, como óleo de coco ou de amêndoas.
Ajude a criança a fazer alongamentos
É recomendável fazer alongamentos antes e depois da realização de atividades físicas, uma vez que essa medida ajuda bastante a reduzir a inflamação dos músculos e evita as dores nas pernas.
Os alongamentos também contribuem para aumentar a flexibilidade, a mobilidade e dão mais forças aos músculos. Assim, a atividade prepara o corpo e ajuda na prevenção das dores do crescimento que aparecem à noite. Os exercícios podem ser indicados por um fisioterapeuta considerando as características da criança.
Em casos mais intensos, medique a criança
Por mais que a dor não seja relacionada a uma doença ou algo mais grave, às vezes os analgésicos precisam entrar em ação para diminuir o sofrimento da criança. Medicações como dipirona, paracetamol ou ibuprofeno (que é anti-inflamatório) podem se fazer necessárias.
Porém, essa dica só é válida para quando o pediatra recomenda o uso de remédios para alívio da dor.
Mesmo que cause um grande desconforto e deixe os pais cheios de preocupação, as dores do crescimento na infância e adolescência são apenas passageiras. Lembrar-nos disso ajuda a acalmar e, na verdade, nos lembra que as crianças estão saudáveis e crescendo de forma adequada, de acordo com a sua idade.
Uma outra maneira de lidar com esse problema é mudar o foco para outra coisa. Já pensou que a leitura é uma saída para que a criança mergulhe em outro universo e esqueça aquele desconforto?
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