Blog | Clube Quindim
  • HOME
  • LIVROS INFANTIS
    • Dicas para gostar de ler
    • Listas de livros
    • Literatura Infantil
    • Seleção Quindim
  • EDUCAÇÃO
    • Alfabetização
    • Educação Escolar
    • Tecnologia
  • FAMÍLIA
    • Educação
    • Maternidade
    • Paternidade
    • Planejando & Esperando
  • CULTURA
    • Datas Especiais
    • Diversão
    • Entrevista
    • Folclore
    • História
  • ASSINE!
Blog | Clube Quindim
  • HOME
  • LIVROS INFANTIS
    • Dicas para gostar de ler
    • Listas de livros
    • Literatura Infantil
    • Seleção Quindim
  • EDUCAÇÃO
    • Alfabetização
    • Educação Escolar
    • Tecnologia
  • FAMÍLIA
    • Educação
    • Maternidade
    • Paternidade
    • Planejando & Esperando
  • CULTURA
    • Datas Especiais
    • Diversão
    • Entrevista
    • Folclore
    • História
  • ASSINE!

Blog » Desenvolvimento infantil » Transtorno do Espectro Autista: isolamento exige adaptações de famílias

Alfabetização, Desenvolvimento infantil, Educação, Educação, Família, Maternidade, Paternidade

Transtorno do Espectro Autista: isolamento exige adaptações de famílias

10 de julho de 2020
Transtorno do Espectro Autista: isolamento exige adaptações de famílias

Compartilhar
Damaris Morgenstern Pacheco e seu filho Francisco

Dia 17 de março de 2020 foi o último dia em que Francisco, 6 anos, foi para a creche este ano, na cidade de Maringá (PR). Desde então, ele e os pais têm de se adaptar ao isolamento social causado pela Covid-19, assim como muitas famílias pelo Brasil. A diferença é que Francisco tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que torna a nova realidade ainda mais desafiadora. “Além da creche, ele fazia terapia ocupacional e sessões com fonoaudiólogo uma vez por semana e também sessões com psicólogo a cada 15 dias. A fono era extremamente importante para esse momento de alfabetização”, conta a mãe, a professora Damaris Morgenstern Pacheco, 36 anos. Além da creche, todas as outras atividades foram canceladas, porque a cidade de Maringá passou por lockdown logo nas primeiras semanas.

Os desafios se apresentaram e se alternaram desde então. A primeira foi a quebra da rotina, que intensificou a ansiedade de Francisco. “Ele entendeu o coronavírus muito rápido, inclusive a situação coletiva, então ele compreende que não pode ir ao parquinho, ou aos lugares que deseja. Porém, chegou a chorar, de forma dolorosa, de saudade das outras crianças”, narra a mãe, que descreve que, atualmente, o filho encontra formas próprias de “se autorregular”, a fim de se recuperar das crises, as quais acontecem em média a cada 2 dias. “Ele realiza movimentos circulares, uma forma que achou, sozinho, de entrar nos eixos”, explica Damaris.

Desafios do Transtorno do Espectro Autista na quarentena: como famílias podem se adaptar

Os desafios do período são diferentes e mais ou menos sentidos de acordo com os sintomas de cada criança. Em geral, as crianças com TEA têm inflexibilidade a mudanças de rotina. De acordo com Paulo Emidio Lobão Cunha, neurologista infantil, isso também pode ser sentido em qualquer outra mudança – de casa, de escola, de trajeto – que tendem a ser trabalhadas com antecedência.

No caso do isolamento social causado pela Covid-19, a quebra de rotina está acompanhada de outros desafios. “As terapias multidisciplinares, que muitas crianças com TEA têm acesso, muitas vezes foram suspensas – o que pode gerar a perda de algumas aquisições ou não evolução do quadro”, explica o médico, que fez estágio em Transtorno do Espectro Autista no Dan Marino Hospital (Flórida-EUA) e hoje atende no Centro de Excelência do Hospital Sabará (São Paulo-SP) e no Instituto Ranvier (Brasília-DF).

O confinamento também pode desencadear em pacientes com TEA exacerbação de sintomas como depressão e ansiedade. “Muitas vezes podem precisar de medicação ou, caso façam uso, ter suas doses reajustadas”, aponta. Conseguir realizar uma variedade de atividades e não depender só das telas é outro desafio para as crianças com Transtorno do Espectro Autista.

Dicas para esse momento

“Todos os dias é preciso focar naquele objetivo proposto e tentar várias vezes. Pois, o sucesso do desenvolvimento está na quantidade de estímulo – quanto mais a criança recebe, mais ela tem a capacidade de se desenvolver”

A psicóloga e psicopedagoga Cláudia Maria de Oliveira trabalha com crianças com TEA há pelo menos 4 anos e atesta que a pandemia, com certeza, é o momento mais desafiador para os profissionais que atendem esse público. Junto de outras duas profissionais (uma fonoaudióloga e uma neuropsicóloga), ela está desenvolvendo atualmente uma pesquisa científica sobre o atendimento ao TEA durante a pandemia.

Dividida em etapas, em um primeiro momento, a pesquisa distribuiu um questionário para cerca de 32 profissionais de São Paulo (SP) que atendem essa demanda. Então, na etapa seguinte, os pais responderão a um outro questionário. “Os dados preliminares, com os profissionais de saúde, mostram que o maior desafio é o processo terapêutico à distância. Como o terapeuta pode resolver comportamentos inadequados, como, por exemplo, a dificuldade de a criança sentar, por meio de uma tela?”, questiona a psicóloga e psicopedagoga. Para ela, o primordial é o auxílio da família, uma vez que, sem o comprometimento dela, nada acontece. “Os pais são os terapeutas nesse momento e percebemos que, aqueles que mais se dedicam apresentam os melhores resultados”, destaca.

A dica de Claudia para as famílias é: paciência e persistência. “Todos os dias é preciso focar naquele objetivo proposto e tentar várias vezes. Pois, o sucesso do desenvolvimento está na quantidade de estímulo – quanto mais a criança recebe, mais ela tem a capacidade de se desenvolver”, detalha. A psicóloga orienta a utilização de estímulos variados – dentro do que é possível em um contexto de pandemia. “Tudo mudou, porque os estímulos externos – contato com o professor, andar de metrô, andar de carro – tudo isso não existe mais. Para que exista a plasticidade cerebral, que nas crianças com TEA é menor, é preciso uma quantidade e variedade de estímulos maior neste período, por isso temos que ter mais atividades em casa – aprender a pular amarelinha, ter um grupo virtual de amigos, entre outros.”


Veja também!

brincadeira dia de chuva

6 brincadeiras em casa para os dias de quarentena

Separamos algumas brincadeiras especiais para os dias de chuva e quarentena, que podem ser organizadas dentro de casa sem

Entenda como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA, em inglês) pode ajudar

“As famílias podem criar uma rotina de brincadeiras como jogos de memória fotográfica, que estimulam essa capacidade, que já é aguçada nas crianças com TEA

Tanto Claudia como Dr. Paulo trabalham com a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), considerada um método eficaz para o Transtorno do Espectro Autista. Esse modelo de terapia consiste em avaliação dos potenciais e deficiências comportamentais de cada criança, fazendo que as habilidades e preferências dela sejam utilizadas para a aquisição de novas habilidades, de forma fracionada, até que uma nova grande aquisição seja alcançada, de maneira independente, pelo indivíduo. Essa intervenção abrange todos os ambientes frequentados pela criança – escola, locais de lazer, casa, entre outros.

Dessa forma, na situação de isolamento que vivemos, a indicação é que os pais sejam os acompanhantes terapêuticos, orientados pela equipe multidisciplinar de tratamento, que pode passar planos de atividades dentro do método. Outra possibilidade é que os pais busquem conhecimento por meio de redes sociais, livros, ou conhecimento partilhado por especialistas, sempre validado por profissionais, para que apliquem as rotinas de terapia em seu contexto.

“As famílias podem criar uma rotina de brincadeiras como jogos de memória fotográfica, que estimulam essa capacidade, que já é aguçada nas crianças com TEA, além de jogos de montar, para trabalhar a coordenação motora e, dependendo da capacidade da criança, ela pode colaborar com pequenas tarefas domésticas, como organizar os brinquedos, por exemplo. Essas são estratégias que podem ser desenvolvidas sem rede de apoio [presencial], desde que tenha suporte profissional – mesmo que seja por meio de literatura médica”, enumera o neurologista infantil.

Sobre o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista

Embora muitas pessoas falem em “pacientes autistas”, Dr. Paulo esclarece que o termo correto é pacientes com Transtorno do Espectro Autista. “Nunca podemos diagnosticar uma criança com TEA como um fenótipo clínico único, elas têm espectro muito variado, com diferentes características que passam pela linguagem, sociabilidade, presença ou não de estereotipias (movimentos repetitivos), entre outras”, elucida.

No caso de Francisco, os pais suspeitavam de que ele pudesse ter Transtorno do Espectro Autista desde os 2 anos, pois já conviverem com crianças que tinham TEA e identificarem sintomas parecidos. Porém, aos 4 anos e meio, receberam um parecer da escola, que orientava a consulta a um neurologista. “Ele começou a falar com 3 anos. Até então, expressava-se por meio de algumas palavras que somente nós entendíamos o significado. Hoje ele tem a fala preservada, o grau dele é classificado como leve”, indica Damaris, que, como professora, utiliza os conhecimentos que adquiriu com a criação de Francisco para perceber os sinais em alunos e orientar outras mães, sempre direcionando para ajuda profissional.

Damaris conta que a leitura é um hábito presente na vida de Francisco. “Ler sempre foi uma atividade muito orgânica, desde que começamos nunca mais deixou de ser um hábito. Lemos dois livros por noite e ele também memorizou um livro inteiro e consegue repetir a história sem ler”, ressalta (veja o vídeo abaixo).

Nas redes sociais, Damaris também “se encontrou” com outras mães e pessoas com TEA. Por meio desse contato, entendeu seus direitos, engajou-se na causa



    Nas redes sociais, Damaris também “se encontrou” com outras mães e pessoas com TEA. Por meio desse contato, entendeu seus direitos, engajou-se na causa, tanto que sua bio (@MarisMorgen) diz: “Consulado do autismo no Twitter”. A maior vantagem de ocupar esse espaço virtual foi ajudar a se entender e perder a sensação de que era uma estranha no mundo. “Foi onde eu passei a interagir também com pessoas adultas com TEA. Pelo menos duas vezes na semana, recebo mensagens na DM (Direct Message) de pessoas buscando um espaço para conversar sobre o tema. Hoje tenho uma rede de pessoas com quem troco figurinhas, tentamos tirar o estigma da doença e também nos apoiar”, analisa.


    Veja também!

    recém-nascido

    Recém-nascido: marcos do desenvolvimento e outras angústias

    Como lidar com um recém-nascido, e ainda driblar as pressões para que ele se comporte de determinada maneira? Esse é um enorme desafio para os pais.

    Como identificar se meu filho tem sinais de Transtorno do Espectro Autista

    Acompanhamento pediátrico de rotina é muito importante para que o médico possa reconhecer possíveis sinais do Transtorno do Espectro Autista e encaminhar à criança para um especialista, como um neuropediatra, para seguir com a avaliação e um possível tratamento. Segundo o neurologista infantil Dr. Paulo Cunha, os sintomas podem começar antes mesmo do primeiro ano de vida. Os sinais abaixo são apenas alguns que estão relacionados ao desenvolvimento que se espera para a criança em cada idade e que podem indicar aos pais necessidade de atenção. Mas lembre-se: nada substitui o diagnóstico médico.

    Sintomas do TEA

    Aos 2 meses: a mãe amamenta o filho e nota que o bebê não fixa os olhos nos seus.

    Com 3 ou 4 meses: a criança ainda não tem o sorriso social, que é a resposta ao sorriso de quem interage com ela.

    Aos 4 ou 5 meses: a criança ainda não é capaz de produzir sons ou grunhidos de comunicação (que são diferentes de choro).

    Aos 7 meses ou mais: a criança não demonstra sinais de afetividade, como, por exemplo, beijos e abraços, e costuma demonstrar vontade de ficar isolada. Pode demonstrar falta de reciprocidade, ou baixa reatividade a estímulos dolorosos.

    Aos 2 anos: ausência de fala ou poucas palavras.

    Sinais como: movimentos de euforia, balançar de mãos, movimentos pendulares de tronco ou cabeça, em qualquer idade, também podem ser sintomáticos. Não deixe de comunicar esses fatos ao pediatra.

    Em qualquer faixa etária, se os pais considerarem que a criança tem qualquer dificuldade de desenvolvimento, principalmente no campo da interação social da linguagem, é essencial procurar ajuda médica para um diagnóstico preciso.

    aproveite este momento para incentivar a leitura!

    Assine o Clube Quindim e receba os melhores livros infantis!


    ESTES ARTIGOS PODEM SER DE SEU INTERESSE

    filho só diz não

    Meu filho só diz “não”! Como lidar?

    como aumentar a imunidade infantil

    Como aumentar a imunidade infantil? Conheça 9 alimentos indispensáveis

    medo

    Quando o medo do filho é reflexo do medo dos pais

    recém-nascido

    Recém-nascido: marcos do desenvolvimento e outras angústias

    perigos da internet homem pateta

    Homem Pateta: saiba como proteger as crianças deste novo perigo

    Meu filho não quer dormir e outros problemas com o sono

    leitura na quarentena

    Conheça as vantagens do hábito da leitura na quarentena

    Compartilhar

    adaptaçãoautismoautistacoronavirusCOVID-19crianças autistascrianças com teacrianças com transtorno do espectro autistaisolamentoo que é transtorno do espectro autistapandemiaquarentenaTEAtranstorno do espectro autista
    0 Like
    9 mins de leitura
    601 Visualizações
      author photo

      Tatiana Lazzarotto

      Tatiana Lazzarotto é jornalista, escritora e feminista. Atualmente é mestranda em Estudos Culturais na Universidade de São Paulo (USP). É formada em Comunicação Social-Jornalismo e Letras-Português, pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e especializada em Mídia e Política e Atores Sociais pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Também é Promotora Legal Popular (PLP), com formação em direitos das mulheres da União de Mulheres de São Paulo. Natural de Santa Catarina e radicada em São Paulo-SP desde 2011, é apaixonada por plantas e por cachorros, especialmente Gabo e Mercedes. Acredita no poder transformador da educação, das palavras e dos novos olhares.
      livros de animais
      Post anterior

      Livros de animais incríveis chegam ao Clube Quindim

      Próximo post

      Como fazer um marca páginas

      como fazer um marca páginas
      Comentários
        Trackbacks & Pingbacks
        1. Dislexia Infantil - O que é e como identificar a dislexia? disse:
          24 de setembro de 2020 às 15:45

          […] Transtorno do Espectro Autista: isolamento exige adaptações de famílias […]

          Responder

        Deixe um comentário Cancelar resposta

        Você também pode gostar

        ler em família

        Ler em família: essas trocas formam leitores?

        livros de bruxas

        6 livros de bruxas que você precisa conhecer

        frases do pequeno príncipe

        9 citações da literatura infantil que não são frases do Pequeno Príncipe

        Mais lidos do Blog Quindim

        • como aumentar a imunidade infantil Como aumentar a imunidade infantil? Conheça 9 alimentos indispensáveis
        • o que e dislexia infantil dislexia infantil – O que é e Como identificar?
        • desenvolvimento da fala Desenvolvimento da fala em crianças: saiba como se preparar
        • poemas para crianças 10 poemas para crianças amarem poesia
        Newsletter


        Cadastre-se e receba o nosso conteúdo em primeira mão!



          Mãe/PaiEducador(a)


          Blog | Clube Quindim
            • Facebook
            • Twitter
            • Instagram
            • LinkedIn
            • YouTube
            Atividades de alfabetização
            História para dormir
            Contos de fadas
            Livros infantis
            Poema infantil
            Brincadeira de criança
            Livros de suspense
            Mãe de dois
            Relação entre irmãos
            Personagens folclóricos
            Escritoras brasileiras
            Tarefas para crianças
            Livros para crianças de 10 anos
            Livros educação infantil
            Salto do desenvolvimento do Bebê
            história de aventura
            Livro infantil 2 anos
            livros de literatura infantil
            O que é faixa etária
            A importância da leitura na educação infantil
            Representatividade negra
            Ler para uma criança
            Literatura indigena
            Livros para alfabetização
            Livro objeto
            Leitura para bebês
            Livros sobre meio ambiente
            Protagonismo feminino
            Clube de assinatura infantil
            Livro brinquedo
            2020® Clube de Leitura Quindim – Todos os direitos reservados