Quem nunca teve piolhos no cabelo que atire a primeira pedra. Brincadeiras à parte, esta é uma situação muito comum de acontecer na infância, geralmente acometendo vários amigos, colegas e familiares de uma só vez, como em um surto.

De fato, há épocas do ano que parecem ser mais propícias para o aparecimento dos piolhos, como nas voltas às aulas. Quando muitas crianças aparecem com os cabelos curtinhos de uma só vez, as chances de que a pediculose pegou a criançada são bem grandes.

Se seu pequeno está com a cabeça coçando neste momento, você certamente quer saber como acabar com os piolhos. Caso ainda não tenha chegado a hora – e tomara que não chegue, na verdade –, o interesse já fica em saber como evitar piolhos e não ter que passar por isso.

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Seja qual for a sua necessidade, fique tranquilo, pois está no lugar certo. Nos acompanhe na leitura para entender mais sobre essas parasitas tão incômodos e o que pode ser feito para acabar com eles e evitar que apareçam.

O que é pediculose?

Também chamada de pediculose da cabeça, pediculose é o nome dado à infestação dos cabelos pelo parasita Pediculus humanus, o famoso piolho. O termo, como fica claro, deriva do nome científico do parasita.

Piolhos são insetos bem pequenos, com tamanho que geralmente fica em torno de 0,5 mm a 3,5 mm. Para uma comparação mais clara, o tamanho de um piolho médio é bem parecido com o de um grão de gergelim.

Embora o local em que os piolhos costumam ser encontrados seja entre os cabelos, esses pequenos parasitas não possuem qualquer interesse nos fios capilares. Na verdade, o couro cabeludo serve como moradia, já que eles se alimentam de sangue e fica alojado ali, nos fiozinhos de cabelo.

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Outra “vantagem” que os piolhos encontram na cabeça é que eles usam os fios de cabelo para depositar seus ovos, que também são chamados de lêndeas. Isso ajuda a explicar porque muitas crianças podem aparecer com os cabelos cortados de uma hora para outra na escola – o que pode ter acontecido com você que está lendo, inclusive.

A reprodução dos piolhos, inclusive, acontece de maneira relativamente rápida. Logo, isso significa que uma pessoa que esteja infestada com piolhos pode rapidamente passar essa infestação para outras pessoas, cujos couros cabeludos servirão de hospedagem para os pequenos parasitas.

Embora indesejado, a pediculose é um problema relativamente comum. De acordo com estimativas do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), acredita-se que de 6 milhões a 12 milhões de infestações aconteçam nos Estados Unidos todos os anos entre crianças de 3 a 11 anos de idade.

Como se pega piolho?

É claro que o objetivo aqui não é aprender a pegar piolhos para fazer isso de fato, mas sim para fugir deles, e já começamos com uma informação muito importante: os piolhos não pulam e nem voam, apenas rastejam.

É por isso que a principal forma de transmissão da infestação de piolhos é por meio de contato direto com alguém que também esteja com piolhos, especialmente no contato de cabeça com cabeça, como quando se dá um abraço ou um beijo.

O compartilhamento de itens de vestuário (chapéus, cachecóis e casacos) e de itens pessoais (escovas, pentes e toalhas) também pode resultar na transmissão dos piolhos, mas as chances de que isso aconteça são bem menores do que quando há contato direto com a pessoa.

Outro ponto importante de se esclarecer é que a higiene pessoal ou a limpeza do ambiente, como a escola ou a casa, não estão relacionados com a transmissão de piolhos.

Como identificar um piolho?

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Antes da explicação, vale conhecer as formas que os piolhos podem ter:

  • Ovo (lêndea): ovos depositados pela fêmea adulta na base do cabelo, perto do couro cabeludo. Eles ficam muito presos nos fios do cabelo, possuem formato ovalado e são bem pequenos, quase com o tamanho de um nó em um fio. Geralmente, tais ovos levam de 8 a 9 dias para chocar.
  • Ninfa: é um piolho que ainda não atingiu sua fase mais madura. Seu formato se parece com o de um piolho adulto, mas em tamanho menor. Para ficar vivo, ele precisa se alimentar de sangue. A “maturidade” costuma ser atingida de 9 a 12 dias depois do ovo chocado.
  • Adulta: aqui, o piolho já está totalmente desenvolvido. Ele tem seis patas e tem uma coloração branca-acinzentada, embora esta possa variar de acordo com a cor do cabelo. A sobrevivência também depende do consumo de sangue e um piolho adulto pode viver até 30 dias no couro cabeludo, mas não resiste por mais de 2 dias se for retirado de lá.

Pois bem, depois disso, chegou a hora de saber onde os piolhos geralmente são encontrados, que é quase que exclusivamente no couro cabeludo, ou seja, a pele que recobre a cabeça (com exceção da face). Eles podem ser encontrados em volta e atrás das orelhas ou próximo à linha do pescoço, na parte traseira da cabeça.

É possível que os piolhos e as lêndeas sejam encontrados nos cílios ou sobrancelhas, mas isso é bem menos comum.

Quais são os sintomas da pediculose?

Os sintomas mais comuns são os seguintes:

  • Coceira causada por reações alérgicas às mordidas do piolho na cabeça;
  • Sensação de que algo está se movendo no cabelo;
  • Irritabilidade e dificuldade para dormir – os piolhos são mais ativos no escuro;
  • Inflamações na cabeça causadas pela coceira. Tais inflamações podem até se transformar em infecções com bactérias da pele da pessoa.

O diagnóstico da pediculose é feito ao encontrar uma ninfa ou piolho adulto na cabeça ou no cabelo. Porém, como eles são pequenos e se movem muito rápido, a identificação é difícil, embora possa ser facilitada com o uso de uma lente de aumento ou com pentes com dentes bem finos.

As lêndeas podem ser confundidas com caspa, partículas de sujeira e spray de cabelo. Além disso, se não forem encontradas ninfas ou piolhos vivos e as lêndeas estiverem a mais de 0,5 cm do couro cabeludo, provavelmente trata-se de uma infestação antiga que não precisa mais ser tratada.

Como acabar com os piolhos?

Depois de tanta teoria, chegou a hora da prática. As maneiras mais eficazes para tratar pediculose são as seguintes:

  • Shampoos e cremes específicos. É possível encontrar produtos desenvolvidos especialmente com o fim de acabar com os piolhos. Assim, os insetos são mortos e as lêndeas são sufocadas, o que deve dar fim ao problema.
  • Vinagre. A aplicação de vinagre nos fios também pode ajudar, não necessariamente acabando com os piolhos, mas sim ajudando a desgrudar as lêndeas dos fios e, assim, permitindo a remoção com o auxílio de um pente fino. Para isso, basta misturar um copo de vinagre com um copo de água morna, espalhar no couro cabeludo, cobrir com uma touca e deixar agir por 30 minutos. Depois, lave com shampoo, preferencialmente próprio para o combate dos piolhos.

Depois de fazer isso, é muito importante pentear muito bem os fios para que as lêndeas sejam removidas. Caso contrário, a infestação de piolhos pode voltar mais uma vez.

Há também medicamentos de uso oral que podem ajudar contra os piolhos, mas sua indicação deve ser feita apenas por profissionais de saúde.

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Caso se identifique a presença de piolhos, é importante lavar as roupas, travesseiros e toalhas, o que também se aplica a pessoas que tiveram contato com quem teve a infestação de piolhos, de colegas de escola a quem mora junto com essa pessoa, por exemplo.

É aí que você se pergunta: precisa mesmo raspar a cabeça? Vistos os métodos de tratamento, se for possível retirar os piolhos e lêndeas, não é necessário cortar os cabelos. Porém, dependendo do grau da infestação e dos recursos disponíveis, raspar o cabelo pode ser uma alternativa.

Ainda assim, depois do corte, é importante olhar com cuidado o couro cabeludo para ver se não sobrou nada por lá. Ah, não se esqueça de que isso deve ser feito pelos pais ou responsáveis, não pelos coleguinhas.

Como evitar piolhos?

Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar. Porém, como a identificação dos piolhos só se dá quando se observam seus sintomas ou se encontram os pequenos parasitas no cabelo, o diagnóstico não é tão simples.

De qualquer forma, quem busca saber como evitar piolhos pode recomendar que se evite o compartilhamento de toalhas, roupas, acessórios de cabelo e outros itens de uso pessoal, especialmente caso haja alguma suspeita ou confirmação de pediculose na escola, na família ou em outro contexto de convivência dos pequenos.

Caso haja confirmação de casos de pediculose, recomenda-se não chegar muito perto da criança que estiver com os piolhos, bem como que itens pessoais não sejam compartilhados até que a situação seja resolvida.

Leia também: Saúde integral: entenda o que é para se cuidar melhor

Pediculose: fique de olho na infestação de piolhos!

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Quando pensamos na infância, os piolhos geralmente estão entre algumas das histórias de que lembramos, e hoje não é diferente. Os piolhos geralmente não trazem nenhum mal maior à saúde além de todo o incômodo, mas se puderem ser evitados, com certeza é muito melhor.

Se o seu pequeno é uma criança que não toma banho ou que não gosta tanto de entrar no chuveiro, fique de olho ainda mais aberto. Afinal, é ao lavar os cabelos e olhar para o couro cabeludo com atenção que temos uma bela oportunidade de ver se há a presença de piolhos em suas cabeças ou não.

Sabe aqueles minutos que você precisa esperar para a mistura de vinagre e água agir no cabelo? Então, que tal aproveitar o tratamento da pediculose e usar este tempo para ler com o seu filho? Para isso (e para outros momentos, é claro), o Clube Quindim está à sua disposição.

Assine e se junte a um grupo de mais de 20 mil crianças já impactadas por literatura da mais alta qualidade chegando direto à sua casa. Assim, a pediculose será uma fase ainda mais tranquila – mas, se ela não chegar, melhor ainda.