Quem nunca se encantou com um gibi divertido, uma história em quadrinhos que seria considerada infantil ou uma graphic novel densa e profunda? Obras com esse tipo de narrativa, chamada de arte sequencial, são muito populares. Entretanto, são vistas por algumas famílias como mero entretenimento, como uma ferramenta que não “agrega ao desenvolvimento” da criança.

Sim, as HQ são um entretenimento maravilhoso – o que não significa que não contribuam para enriquecer o repertório de seu leitor e desenvolver uma série de competências. E para romper com esse estigma, o Clube Quindim listou a seguir 5 competências que as HQ desenvolvem em seu leitor, seja ele criança ou adulto.

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1. A HQ amplia o repertório de leitura

Para formar leitores e acabar com a ideia de que leitura é obrigação escolar, é preciso desenvolver o amor pela leitura. E o gosto de cada um passa por escolhas pessoais, por tipos diferentes de leitura. Por isso a importância de a criança entrar em contato vários tipos de narrativas, como o conto, a poesia, o romance e também narrativas em arte sequencial, como os álbuns ilustrados e as histórias em quadrinhos.

Dessa maneira, ela entenderá desde cedo que a leitura pode ser muito ampla, que é mais do que decodificar o alfabeto e não se restringe a um único estilo ou gênero – e poderá aos poucos conhecer suas muitas possibilidades, construindo e desconstruindo gostos, sempre ampliando seu repertório, até reconhecer aquelas narrativas de que mais gosta.

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2. A HQ pode ser uma forma diferente de revisitar histórias conhecidas

Quem não conhece João e Maria e outros contos de fadas clássicos dos Irmãos Grimm? Em janeiro de 2019, o Clube Quindim levou uma coletânea desses contos em HQ aos seus assinantes: Na Floresta.

HQ 5 competencias. Livro Na Floresta
Imagem do livro “Na Floresta“, já enviado pelo Clube Quindim aos seus assinantes. Crédito: Clube Quindim.

Nessa obra, seis ilustradores latino-americanos fazem suas leituras cheias de humor, dramaticidade e contemporaneidade dos contos dos Irmãos Grimm para os quadrinhos. É um jeito diferente de reapresentar essas histórias, trazendo assim olhares diferentes, em outro formato, ampliando e dialogando com uma leitura anterior que já exista daquela história.

3. Fortalecer a leitura de imagens

Quando pensamos em alfabetização e letramento, em geral associamos apenas às palavras. Porém, na Era da Imagem, faz-se urgente aprender a ler imagens. Elas são uma linguagem, que tem um modo próprio de leitura, com suas convenções. E isso precisa ser compreendido.

Quando colocadas em sequência, na chamada Arte Sequencial, elas pedem ainda mais do leitor: que ele imagine o que aconteceu no intervalo entre aquelas imagens, o tempo entre elas, desenvolvendo uma série de competências de leitura bastante demandadas não apenas no mundo em que vivemos (quem não lembra da arte sequencial em muros de igrejas?), mas principalmente neste momento em que muitas das informações e conhecimentos são transmitidos visualmente.

Página do livro Broto
Imagem do livro “Broto“, já enviado pelo Clube Quindim aos seus assinantes. Crédito: Clube Quindim.

4. Estimular o entrosamento entre imagem e texto

E se a leitura de imagens é algo complexo, compreendê-las em diálogo com as palavras é ainda mais. Muitas vezes, a imagem diz uma coisa, o texto diz outra, e essa contradição gera um terceiro sentido, uma ironia. Complexo, não? Pois essa abstração que permite que a gente entenda a ironia é estimulada pela leitura dessas duas linguagens em diálogo, contribuindo muito para o desenvolvimento das competências de um leitor das mais diferentes idades.

5. A HQ permite trabalhar recursos linguísticos diferentes

Com frequência, as histórias em quadrinhos trabalham recursos como as onomatopeias – figuras de linguagem que informam certos sons – e usam a pontuação de forma um pouco diferente, que pode levar a outros sentidos na integração com as imagens. Desse modo, proporcionam novos aprendizados para os pequenos leitores.

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