Uma senhora está sozinha em uma pequena casa, em frente ao mar. Ela se despede de seu irmão que morreu e deixou, na moradia, seus poucos pertences. Não sabemos o que aconteceu com ele, nem por que ela está sozinha. Do lado de fora, há um barco. Mas ela queria mesmo um jardim.
A novela gráfica de estreia da escritora e ilustradora Fran Matsumoto, e da escritora Raíssa Kaspar, é a prova contundente de que não são necessárias palavras para dizer - e emocionar -muito. Com pouco texto e uma narrativa visual impressionante, que nos leva quase que imediatamente da última página de volta para a primeira, este livro merece muitas revisitas e é uma obra aberta, que deixa espaço para diversas interpretações. Será que uma despedida também pode ser o começo de uma nova descoberta?
Os silêncios deixados pela obra podem ser, em parte, preenchidos pelas nossas próprias experiências, desejos, anseios e repertório. O que você enxerga nela?