Bebês renovam a vitalidade das pessoas, são referência de fofura e não à toa chamam atenção por onde passam. Se você tem filhos, certamente vivenciou a experiência de ouvir todo tipo de comentário das pessoas diante da sua criança. No entanto, infelizmente, nem todos são bons. Uma fonte recorrente de preocupação das pessoas é o cabelo do bebê. Se o cabelo da criança demora a crescer, é comum ouvir comentários maldosos e receber uma série de questionamentos, o que pode gerar muitas angústias para as famílias. Mas por que isso acontece? O Clube Quindim explica.

Bom, primeiro, é bom esclarecer que, assim como cada bebê é único, o desenvolvimento de seu cabelo também o é. De acordo com os pediatras, a quantidade de cabelo varia de acordo com fatores genéticos. Por isso, ela não tem relação com a gestação ou com o fato de a criança ser menino ou menina. Além disso, a penugem que acompanha o recém-nascido não é definitiva. Nos seis primeiros meses, ela deve cair e dar lugar a outro tipo de fio. Outras crianças nascem carecas, mas até o final do segundo ano de vida deve aparecer a cabeleira dos pequenos.

Emaranhado de opinião no cabelo do bebê

Vivemos em uma sociedade que é permeada por normas e expectativas. Desde crianças, através dos meios de comunicação, do que ouvimos na rua, aprendemos em casa e na escola, vamos formando ideias sobre o mundo e sobre a forma como as pessoas devem se comportar. Com o tempo, alguns de nós percebemos que o mundo é diverso. Percebemos que cada um faz e é como quer e não cabe a ninguém emitir julgamentos sobre isso.

O ideal de beleza

Quanto aos ideais de beleza, é importante lembrar que, ao longo de toda a história, houve um padrão esperado das pessoas. Ele se instala quando só vemos um tipo de mulher retratado em propagandas, por exemplo. Quando há mais mulheres loiras e magras na publicidade, quando há menos indivíduos negros nas novelas e filmes, mais personagens masculinos do que femininos. E nem os bebês estão livres desses padrões. Também sobre eles recaem ideais de comportamento e de aparência. Espera-se que meninas bebês, por exemplo, usem brinco, roupas femininas, que tenham cabelo, usem enfeites e por aí vai.

Além de alimentar preconceitos e estereótipos geração após geração, impedindo as pessoas de serem quem querem ser, esse tipo de cobrança torna a vivência materna ainda mais difícil. As mães já têm que lidar com jornadas duplas e triplas, com a privação de sono, com ideais de perfeição e ainda com uma expectativa de aparência e comportamento para seus filhos, que muitas vezes veem até dentro de grupos de amigas. Discutir essa forma de opressão é essencial para libertar mães e crianças, disseminar tolerância e garantir maior liberdade para as pessoas.

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