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Dia dos Professores: 8 livros infantis para celebrar a data

Dia dos Professores 8 titulos sobre a importancia dos mestres na vida das criancas capa

Será que você conhece a origem do Dia dos Professores? O marco dessa data tão especial surgiu no Brasil a partir de uma lei instituída pelo imperador Dom Pedro I, publicada em 15 de outubro de 1827, trazendo definições importantes para a profissão, como currículo acadêmico, as responsabilidades e obrigações, salário, entre outras.

Foto: Canva

Anos mais tarde, em 1947, um professor chamado Salomão Becker propôs que a data fosse concedida como uma folga para os docentes, já que o segundo semestre era um período de trabalho bastante extenso (e intenso). A conversão do dia como feriado escolar e data para celebrar esses profissionais tão importantes em nossas vidas aconteceu apenas em 1963, com a assinatura de um decreto pelo então presidente João Goulart.

Muito além de uma data simbólica, o Dia dos Professores merece a nossa reflexão. Consulte suas próprias memórias e veja se não encontra um professor que fez a diferença na sua trajetória, seja por ter oferecido uma palavra de carinho e compreensão, por ter encorajado você a não desistir diante das dificuldades ou por ter percebido um talento que nem mesmo você sabia que tinha.

Os professores podem nos apresentar mundos que não conhecíamos, e esse papel fica ainda mais importante durante a infância. Além do conteúdo das aulas e de acompanhar o desenvolvimento de sua turma, com sua sensibilidade e experiência, eles são capazes de plantar sementes de autoconfiança, coragem, determinação e resiliência que, ao florescer, podem nos levar muito longe. E esse papel fundamental precisa ser reconhecido, repensado e valorizado.

Para comemorar a data, trouxemos 8 sugestões de livros para você ler com as suas crianças, refletindo e se emocionando, enquanto conversam sobre os professores extraordinários que encontramos pela vida.

Direto do Instagram: 8 livros para falar sobre o poder transformador da escola

Livros infantis para recordar e celebrar a data

1. A professora da floresta e a grande serpente

Imagem do livro “A professora da floresta e a grande serpente“. Crédito: Clube Quindim

Neste livro, uma jovem professora recém-formada faz uma longa viagem até o coração da Amazônia, onde está localizado um povoado chamado Delícias. Lá, vivem apenas cinquenta famílias indígenas, compostas por crianças curiosas e cheias de vontade de aprender, além de adultos e anciãos que falam uma língua que a professora não compreende.

Muito embora a mudança da jovem tenha tido o objetivo de ensinar os moradores da comunidade local, a professora rapidamente vai descobrir que também tem muito a aprender. E, mais do que isso: que nem todo aprendizado se encontra nos livros. Há diversas maneiras de ver o mundo, a natureza e a vida, e o grande rio, localizado ao lado do povoado, será seu maior professor.

2. Andreia Baleia

Imagem do livro “Andreia Baleia“. Crédito: Clube Quindim

Esta obra é um ótimo exemplo da diferença entre persistir e desistir, e o papel que um professor pode desempenhar na vida de uma criança, oferecendo a ela muito mais do que conhecimentos técnicos.

Andreia é uma menina que faz aulas de natação toda semana mas, o que era para ser um momento de diversão e aprendizado, se torna uma fonte de tristeza e constrangimento. É que, por estar acima do peso, toda vez que Andreia pula na água provoca uma grande onda, e seus colegas passam a implicar dizendo que ela é uma baleia.

Chateada e envergonhada, Andreia vê tudo mudar quando seu professor explica que nós somos aquilo que pensamos ser. É o que a menina precisava para começar a entender quantas coisas incríveis seu corpo é capaz de fazer, e como é possível enxergar a si mesma e ao mundo de outra maneira.

3. O método de Pepe Chevette

Imagem do livro “O método de Pepe Chevette“. Crédito: Clube Quindim

Este livro conta a história de Pepe Chevette, um menino muito inteligente e engenhoso, que tem um jeito único de encarar a vida e as coisas. Seu ponto fraco? As aulas de redação da professora Opala Fuks.

Se, antes, sua avó, Elvira, ajudava Pepe a transformar amontoados de palavras desconexas em textos leves e divertidos, depois do falecimento dela o menino fica perdido e sem saber como encarar os desafios da escrita. Ele precisa descobrir uma nova maneira de conciliar as palavras e, ainda bem, não vai precisar fazer isso sozinho.

O professor Monza está por perto. Com um olhar atento, repleto de cuidado e delicadeza, ele percebe o momento de luto pelo qual está passando Pepe. E, com sensibilidade, o conduz para que descubra por seus próprios meios o caminho que vai levá-lo de volta à sua escrita.

4. O ponto

Imagem do livro “O ponto“. Crédito: Clube Quindim

Vashti tem a mais absoluta certeza de que não sabe desenhar. Sua professora percebe a frustração da menina e discorda, tentando até brincar um pouco sobre o assunto para incentivá-la a tentar de novo, mas isso não dá certo. É, então, que vemos toda a beleza contida em uma vida de experiências como docente: a professora sabe que existem outros caminhos para chegar ao coração de um aluno, e faz exatamente isso com Vashti.

Primeiro, pede que a menina faça uma simples marca na folha. A criança, ainda zangada, faz um ponto com força no papel, certa de que encerraria ali a discussão sobre o seu talento (ou a falta dele). Mas a professora não só valida sua entrega como pede que ela assine seu nome, abrindo as portas para que aquele pequeno pontinho se transforme em muitas outras coisas ao longo da jornada.

5. Minhas férias, pula uma linha, parágrafo

Imagem do livro “Minhas férias, pula uma linha, parágrafo“. Crédito: Clube Quindim

Essa história certamente fará aflorar algumas lembranças por aí. A tão temida redação de volta das férias! Neste livro, Guilherme acabou de voltar de dois meses sem nem lembrar que a escola existia para dar de cara com a seguinte tarefa: escrever uma redação com 30 (que mais parecem infinitas) linhas justamente sobre esse período. Mas como – e, principalmente, por que – colocar em palavras, frases, linhas, parágrafos, cheios de acentos vírgulas e mais um monte de regras os momentos incríveis que havia vivido?

Muitos podem se reconhecer no menino que se torce, retorce e enrola o quanto pode para, enfim, entregar um texto sobre um gol marcado no futebol com os amigos. Rapidamente a sensação de alívio é substituída pelo horror de ver mil rabiscos e correções sobre seu texto, sem sequer um elogio da professora ao seu grande feito. Afinal, será que ela é mesmo assim um ser humano tão terrível a ponto de querer dar nota para suas vivências?

6. O alvo

Imagem do livro “O alvo“. Crédito: Clube Quindim

Um homem, considerado muito sábio pelos moradores do pequeno vilarejo onde reside, responde às questões trazidas até ele de uma maneira inusitada, porém bastante certeira: com histórias. Um dia, intrigado por essa habilidade tão curiosa, uma criança perguntou como ele conseguia ter sempre a história certa para contar, para a pessoa certa, e no momento certo. E, naturalmente, essa pergunta também foi respondida pelo sábio com mais uma história que foi direto ao alvo!

Essa obra, que fala essencialmente sobre a importância que ouvir e contar histórias tem para a humanidade, traz um professor no papel do mestre. Quantas vezes um professor ajudou você a encontrar a saída para um problema?

7. O menino que perguntava

Imagem do livro “O menino que perguntava“. Crédito: Clube Quindim

Esta história fala de um menino curioso, que faz perguntas sobre absolutamente tudo para seus pais, amigos e professores. Mas são tantas dúvidas e questionamentos sobre si mesmo, os outros e o funcionamento do mundo, que ele não para de perguntar nem um minutinho sequer. E mais: nunca fica completamente satisfeito com as respostas.

As professoras, aqui, ficam até um pouco impacientes, é bem verdade. Mas, mesmo assim, cumprem o seu papel de compreender e incentivar o desejo e a necessidade que a criança tem de questionar tudo aquilo que vê, considerando o que o avô do menino costuma dizer: para fazer perguntas cada vez melhores, é preciso continuar perguntando, sempre.

8. Amanhã

Imagem do livro “Amanhã“. Crédito: Clube Quindim

Embora este livro não fale especificamente sobre professores, a obra retrata com muita beleza e sensibilidade a história de três gerações de mulheres nos momentos de ansiedade e apreensão que antecedem sua ida para a escola. Com isso, podemos acompanhar uma menina que frequenta uma escola no interior de São Paulo; sua mãe, que viu seu direito de estudar a língua materna, o japonês, proibido devido aos conflitos da Segunda Guerra Mundial; e sua avó, no Japão, cujo professor é um emblemático monge.

Além de retratar as riquezas do cotidiano, esse livro traz, de maneira muito delicada e poética, o poder e o impacto que a educação pode ter na vida de todos nós, especialmente na figura de professores que jamais serão esquecidos.

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