Conseguir perceber as particularidades de cada aluno e saber como conduzir as situações da melhor forma são características de um bom professor. Com muita sensibilidade, uma professora de artes percebe a frustração de sua aluna por achar que não sabe desenhar. Primeiro, a educadora tenta se conectar com a menina por meio do humor. Não tendo sucesso, ela parte para uma didática que dá espaço para a aluna se autodescobrir e desenvolver suas próprias capacidades.
"Faça uma marca e depois veja no que dá", orienta a professora. A menina faz um ponto, então a docente analisa e pede que ela assine. No outro dia de aula, o ponto está emoldurado. Com o acolhimento do seu trabalho, a jovem se sente confiante para se permitir tentar desenhar e, assim, poder desenvolver e melhorar o seu conhecimento técnico.
Na exposição de arte da escola, um colega fica admirado com os quadros dos pontos e diz que gostaria de saber desenhar. Sabendo que a tentativa deve vir antes da autocrítica, a menina reproduz com ele a mesma técnica da professora de artes, indicando que o espaço criativo deve ser primeiro um espaço de acolhimento e de produção para só depois vir uma avaliação.
A cada novo ponto desenhado, é possível perceber o desenvolvimento da técnica de desenho e de pintura, como também da própria expressão artística. Dos mais variados pontos, a menina parte para um quadro em que só o ponto não é pintado, de forma a experimentar as diferentes possibilidades que a arte proporciona.