Uma ligação no meio da manhã. Uma visita inesperada. Às quatro da tarde, tia e primos irão visitar André, a irmã e a mãe. Depois que desliga o telefone, é perceptível a cara de desespero da mãe, que até sai trocando as frases: “Crianças, arrumem seus cabelos e penteiem suas camas, e tudo bem direitinho!”. A casa está uma verdadeira bagunça! E agora? Como dar conta de toda a arrumação, preparar os lanches quando não se tem nada especial para comer, além de administrar as crianças que não colaboram?
Depois de a mãe tentar pôr tudo em ordem no ambiente, eles vivem uma aventura no supermercado. Entre as compras e a bagunça das crianças em meio aos carrinhos e compradores, ela começa a ficar bem brava, a ponto de iniciar sua metamorfose: está surgindo um monstro verde, a cada vez que perde o controle da situação, com a raiva e aborrecimentos só aumentando! Com tantas coisas para administrar ao mesmo tempo, é difícil dar conta de tudo e ainda manter a compostura... O tempo corre, nada está pronto ainda e as crianças continuam a desordem, até que diversas situações vão deixando essa mãe ainda mais aflita, a ponto de virar um monstro terrível em frente aos filhos! Será que esse encontro que era para ser motivo de alegria termina bem?
O cotidiano de muitas mães parece ser retratado por Joanne Harrison nesse livro: mulheres multitarefas, com tempo curto e filhos para cuidar. O humor com que as situações são mostradas, como as crianças que “aprontam” (sem fazer por mal) e o desespero para conseguir dar conta de tudo antes dos visitantes chegarem, ilustram o dia a dia de muitas famílias, que vão rir da transformação dessa mãe (e, quem sabe, se reconhecer nela). O diálogo, a compreensão mútua e a cooperação podem ser a chave para lidar com o estresse diário em tempos desafiadores para as mães e seus filhos.