Poeta, professor de literatura, tradutor, crítico literário e da arte, este é Manuel Bandeira. Integra a Geração de 22 que fez acontecer a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. Na segunda noite do evento, seu poema “Os Sapos” foi lido por Ronaldo de Carvalho, entre vaias e gritos da plateia, por tratar-se de uma provocação crítica aos poetas parnasianos que, até então, dominavam o gosto literário do público brasileiro. Sua estreia nas letras brasileira deu-se com A cinza das horas (1917) e encerraria com a publicação de Estrela da vida inteira (1968), totalizando onze livros de poesia, além de outros volumes de prosa que compreende crônica, história da literatura e breves ensaios. Os temas mais correntes em sua produção poética são o pessimismo, a morte e também o erotismo, os pequenos revezes da vida cotidiana descrita com certo descaso e um humor corrosivo.