Os livros de fevereiro do Quindim vão divertir e emocionar os leitores

Tantos cantos

Como várias obras da autora brasileira Lúcia Hiratsuka, aqui vemos o retrato do cotidiano de uma família. Três irmãs brincam, cantando uma cantiga de roda, enquanto a mãe está sentada à mesa com sua máquina de costura. Uma obra delicada que trabalha muito a sonoridade, então explore as palavras e seus sons enquanto lê essa obra para os pequenos.

A raposa vai de carro

A raposa passeava de carro. De repente, o rato se junta a ela. E também a toupeira. E o passarinho. Será que o carrinho da raposa conseguirá levar todos esses passageiros?

Os livros de Susanne Strasser são alguns dos favoritos da Família Quindim e pode ser que em breve você se pegue repetindo as falas dessa obra no automático, pois talvez este livro se torne um dos queridinhos por aí também!

Agora não, Bernardo

Este livro representa uma cena que provavelmente você já viveu. Talvez apenas no lugar da criança. Ou apenas no lugar do adulto. Bernardo tenta iniciar uma conversa com o pai, que parece muito ocupado para ele. O mesmo acontece com a mãe. Mas, de repente, o menino volta e diz que há um monstro no jardim querendo devorá-lo. A ideia de existir de fato um monstro no jardim parece tão absurda que talvez até você, leitor, pense que Bernardo está apenas tentando chamar a atenção dos pais. E, então, ele não é ouvido por eles. E vai atrás do monstro.

Você troca?

Neste livro, Eva Furnari associa, por meio do som, imagens inusitadas. Além de brincar com nosso imaginário, humanizando animais e até criaturas fantásticas, a obra é muito interessante para a primeira infância, em que os pequenos estão construindo significado para tudo que está à sua volta, ganhando cada vez mais vocabulário e fluência da língua portuguesa. Além disso, com a repetição da frase “você troca”, a obra convida uma resposta ativa do leitor, o que pode ser muito divertido para as famílias durante a leitura compartilhada. E, então, você troca um gato contente por um pato com dente?

Seu Tainha

Um menino observa de sua janela um barco pesqueiro passar todos os dias. Ansioso por viver grandes aventuras, ele quer ser como aquele barco, que corta o mar sem qualquer medo. Ele forma um vínculo com o barco, assisti-lo faz parte de sua rotina e sonhar com as aventuras que ele poderia ter nos mares é inevitável. Mas, de repente, o barco não volta mais a cruzar sua janela. Cheio de aflição, o menino recorre à sua mãe e encontra conforto nas palavras dela. Mas poderá superar essa perda repentina?

Olelê, uma antiga cantiga da África

Uma cantiga que dá forças a gerações de crianças na hora de atravessar um rio feroz. Uma obra sobre tradição, repleta de representatividade e poética. Você já leu algum livro infantil que falasse sobre a República Democrática do Congo e sua cultura? No Brasil, sofremos grande colonização cultural e consumimos muitas vezes apenas obras europeias e norte-americanas. Por isso, um dos pilares de nossa curadoria é a bibliodiversidade, ou seja, a diversidade cultural nos livros. Aqui, conhecemos uma cantiga congolesa, temos acesso a várias informações sobre a região em que ela nasceu e podemos inclusive perceber muitas similaridades entre a lingala e o português. Quantas obras sobre o continente africano e suas muitas culturas você já leu com seu pequeno?

A extraordinária jornada de Edward Tulane

Edward Tulane era um coelho muito elegante, feito de porcelana e pele de coelho de verdade para presentear uma menina. E essa menina o amava muito, cuidava dele como o melhor dos amigos e ele até mesmo tinha um lugar para se sentar à mesa com o restante da família. Mas ele não sentia qualquer amor pela menina ou sua família. Até que um dia ele cai no mar quando dois meninos o roubam de sua dona. Então, começa uma longa jornada em que Edward ganha vários nomes e novos amigos. Será que um dia ele encontrará uma casa para si novamente?

Eu falo como um rio

Este livro foi escrito a partir da experiência pessoal de um de seus autores: Jordan Smith. O poeta canadense explora a gagueira em suas obras e, neste livro, seu primeiro livro infantil, não seria diferente. Acompanhamos aqui o dia de um menino que encontra paz no silêncio, que encara cada oportunidade para expressão com muito pesar. Ele sabe o que acontece quando ele fala, como as pessoas em volta vão reagir. E o silêncio é mais acolhedor do que as risadas dos colegas de classe.