Ora bate panela que eu quero ver, ora bate panela que eu quero ver... O filhote de coruja batuca tim tam tim tam, descobrindo sons agudos e baixos alternados com duas colheres de pau na panela. Já o cardeal amarelo clarinho traz os pratos que fazem zim zim zim num raspado estridente. Logo o pardalzinho aparece com uma cumbuca e uma concha de feijão tirando o som cavo do tum tum tum...
A música é uma descoberta de timbres e células rítmicas com utensílios de cozinha, nesta pequena anedota de Frédéric Stehr. Página a página, a sonoridade aumenta, ainda mais com a chegada do corvo e um pintinho. Até que então aparece a autoridade da mãe ou avó-coruja e dispõe a fazer um novo tipo de festa, pois um bando de filhotes ou crianças em casa é sempre barulho na certa ou outro tipo de arte. O que você imagina haver de mais gostoso e colorido na dispensa ou cozinha?