Utilizando a estrutura das velhas lengalengas e a sequência crescente dos numerários, Tino Freitas vai contando um passo de formiga, dois passos de gato, três passos de rã, quatro passos de pata... enquanto as imagens de Jana Glatt vão mostrando o bebê engatinhando, o esforço para encontrar o equilíbrio e... opa, o menino já está de pé!
Mas se ele se desequilibra, a vovó grita aflita, mas o totó late e incentiva o guri conseguir dar cinco passos de tatu... Com rimas simples, o texto verbal apresenta as pessoas da família, ao passo que a ilustração vai construindo o caminhar do pequeno personagem por toda a casa.
Parece existir alguma defasagem entre palavra e imagem logo nas páginas iniciais deste livro. No entanto, o leitor deve estar atento aos animais escolhidos pelo autor a fim de descrever e comparar os movimentos da criança com um deslocamento que quase ninguém vê como se fosse um passo de formiga, depois é a vez de engatinhar, retrair e saltar com o corpo para colocar-se de pé, o quarto passo inseguro balançando como uma pata... São escolhas bastante sutis que perfazem um livro brincalhão com sua ingênua afetividade! E depois de aprender a andar, o que menino vai querer?