Triz é um peixinho veloz e diferente dos demais de seu cardume. Certo dia ele é surpreendido por um atum enorme e esfomeado. Resta apenas ele. Com a rapidez da fuga para as profundezas do mar, surge também o medo e a solidão. Como seria a partir de agora? Mas, depois de tanto nadar, o espertinho consegue visualizar as belezas do mar, como uma água-viva cheia de cores, uma lagosta curiosa e peixes diferentes. Até que em certo momento, encontra um cardume igualzinho ao seu.
E adivinha só qual foi a proposta do peixinho? “Nadar, brincar e ver o mundo!”, juntos, por aí, sem medo de ser feliz... ops! Mas e os grandes peixes? Foi justamente o que os peixinhos vermelhos disseram, que não podiam sair daquele lugar seguro, temiam pelo que poderia acontecer caso encontrassem um predador. Triz não se intimida com a experiência traumática e aponta uma solução incrível. Ainda que o perigo exista, o pequeno-grande protagonista consegue superar a perda dos seus, navegar por águas desconhecidas, estreitar novas relações e buscar saídas para sobreviver em coletivo entre as grandes ameaças. Tudo isso em meio às ilustrações do artista que compôs a história, o holandês Leo Lionni, um dos grandes nomes da história do livro ilustrado. O que se apresenta ao leitor são verdadeiras telas, como em um passeio no museu. Destaca-se a imagem do atum, o preto e a forma do peixe que causam certo impacto e da água-viva, colorida, digna de contemplação.
A propósito, como sugestão, utilizar cartolina, esponjas e tintas para recriar as ilustrações do livro pode ser uma divertida atividade em família, na escola ou com os amigos no final de semana. Depois de ler a história de Triz, é cor e amizade para todo lado.