Um jardineiro, muito atento, não tira o olho da Rosa Branca. E de tanto andar descalço, gripou. É que o gato escondeu seus sapatos. O felino foi um achado do seu irmão mais novo, casado com Dalva que ganhou o gato do tio, que morreu de desgosto esperando uma carta de amor que nunca chegou... A narrativa circular de Roger Mello vai te enlaçar até o suposto fim. Passando pelo carteiro, o anel de latão da costureira, a cantora de ópera, o velho que morre-não-morre, o macaco amestrado que foge do circo, o susto do palhaço ao ouvir o barulho do mundo que cai no chão.
A vida seguindo como uma linha de vento pelas personagens. E assim de perto, o comum toca diferente, o inesperado causa riso, saudade ou aperto no peito.
Tem doutor fajuto, a filha do Emir que deseja ser sequestrada, o Rajá Malcheiroso – Ui! Tem gente antiquada e tem outra gente buscando o fio da meada no mapa. Mas, como encontrar a direção com a Rosa dos Ventos desaparecida? Alguém pergunta: quem escondeu a Rosa dos Ventos?! Ou teria ela fugido com as próprias pernas?
Para descobrir, siga a reviravolta das páginas. É, a vida também acontece com as maiores tempestades. E se tudo ficar de ponta cabeça... na falta de rumo, uma das saídas é pisar em algum chão, ainda que escorregadio. A propósito, lá vem chuvaaaa. Corre para tirar a roupa do varal!