Entre os adultos, é muito comum lançar o olhar para uma criança em busca do que ela carrega de semelhante com a família: uma marca, a altura, algo do comportamento... um traço que assegure aquele serzinho como membro de um determinado grupo familiar.
Neste livro, um coelhinho observa bem os seus parentes e assegura que não tem “o nariz arrebitado da tia Beatriz”, nem “o ritmo pop do meu irmão Carlão”. As páginas seguem apresentando a família do protagonista, que também não tem o rosado das bochechas de sua avó, sequer é o focinho de seu pai. E na hora da tradicional fotografia de família, estão todos lado a lado, em harmonia com suas diferenças.
A autora, em texto e ilustrações, compõem uma família bem diversa em formas e habilidades. São coelhos de várias alturas e larguras, com habilidades e talentos diferentes que os fazem únicos. Taí, talvez, a graça de estar em família: a unidade com todas as diferenças.