O pequeno garoto desta história, ao encontrar em seu caminho uma trilha de formigas, percebe que para as formigas ele é enorme, quer dizer, muito mais que enorme, um GRANDE GIGANTE. Ele se imagina realizando uma série de coisas impossíveis: brincar de trocar as nuvens de lugar, abraçar a montanha, ser maestro de uma imensa orquestra de pássaros e ajudar os barcos perdidos nos mares. Sendo gigante ele pode se divertir e também ajudar!
Situações simples são sempre oportunidades para brincar, aprender e refletir. Aqui temos a possibilidade de pensar sobre o inevitável ato de crescer – medo e desejo. Tornar-se adulto parece ser um momento mágico de muitas conquistas e realizações, mas todas elas vêm cercadas de responsabilidades e, às vezes, solidão, o que nos faz querer voltar o tempo, deixar as coisas acontecerem a passos curtos, e voltar a ser pequeno, como as crianças.
O desejo de crescer, além da metáfora do texto escrito, está representado nos traços e nas leves pinceladas das ilustrações. Revelam a força da poética na conexão texto e imagem, apresentando um gigante que em muitas cenas se funde em cores com seu próprio sonho e com a paisagem.