Uma menina gosta muito de desenhar e o faz em todos os lugares, por mais inusitados que sejam. Ela desenha tudo aquilo que vê e, um dia, após um sonho, ela decide desenhá-lo também. Por acreditar ser um desenho especial, ela o enterra no quintal da casa da avó como quem guarda um tesouro.
Muito tempo passa até que esse sonho brota como uma árvore, e deixa a menina surpresa. Para ela, ainda faltava algo naquela paisagem que surgiu. Ela sonha de novo, desenha e enterra a arte próxima ao primeiro desenhos. Os dias passam e os sonhos vão crescendo um ao lado do outro. Ao fim da narrativa, a menina segue sonhando e desenhando.
Neste primeiro livro escrito e ilustrado por Renato Moriconi (antes ele só havia ilustrado livros de outros escritores), as ilustrações foram feitas nas cores preto e vermelho. Moriconi é canhoto e ilustrou com a mão esquerda todas as imagens que condiziam com a realidade na cor preta. Com a mão direita, ele desenhou de vermelho tudo aquilo que era fonte da imaginação da menina.
A sensação é a de abrir um caderno de desenhos e de se aproximar do mais íntimo de uma criança. É uma história que contém a potência da imaginação infantil e trata sobre tornar real o sonho a partir do gesto criativo.