É grande a família das palmeiras. Mais de duas mil e quinhentas espécies, incluindo o coqueiro, a tamareira, o buriti, o babaçu, a carnaubeira, o açaizeiro, com suas folhas coloridas em forma de leque e frutos de muitos sabores no alto, bem no alto de seu tronco cilíndrico. As palmeiras são uma grande riqueza...
Indicado desde a faixa dos pequenos leitores, devido a uma narrativa recheada de ruídos e frases rápidas, o livro de Dipacho contém sutilezas que podem atrair a atenção dos mais jovens e experientes. A ação verbal aqui vai num crescente: o monstro come, devora e traga-estraga todas as árvores. O que era cor e vida torna-se um vazio, creia nisso: ensurdecedor. Na página branca, um novo cenário: vemos a porta de um banheiro para onde o personagem principal se dirige com um carrinho de mão. Oras, já imaginou o que vai fazer lá dentro? Exatamente... E a narração denuncia a natureza marota ao dizer: esse tal de monstro Papapalmeiras!
O inusitado escatológico desperta o riso fácil.
A sobrecapa do livro é uma peça que desperta o lúdico, ao trazer o título, o nome do autor colombiano e da editora estampados numa bocarra com dentões. Contudo, detrás da máscara da comédia, está o rosto da crítica satírica a diversas situações da exploração imposta pelo colonialismo e pela degradação do meio ambiente, em especial nos países latino-americanos e caribenhos que necessitam pensar e manter o equilíbrio da área verde e a variação das chuvas frente ao desenvolvimento. É preciso gestar nosso lugar no mundo futuro.