Um gambá vivia sempre muito feliz na floresta. Se o sol estivesse brilhando, ele sorria para o sol. Se fosse a vez de a lua brilhar, ele sorria para a lua. Mas se nada estivesse brilhando, ele sorria para o nada mesmo, pois era genuinamente muito contente.
Um dia, o gambá estava pendurado de cabeça para baixo no galho de uma árvore, com um grande sorriso aberto, quando um grupo de pessoas passou por ali. Elas confundiram seu sorriso com uma expressão de tristeza, e mesmo o gambá repetindo de novo e de novo que era, sim, muito feliz, as pessoas não acreditaram no que ele dizia e resolveram levá-lo para a cidade.
Lá, o gambá foi ao cinema e até a uma discoteca. Ele, que era um gambá muito feliz, começou a refletir sobre as pessoas e tudo o que estava vendo. Isso fez com que ele se sentisse triste, muito triste, e enfim a expressão de seu rosto mudou.
A obra atemporal de Frank Tashlin, que chega como um lançamento exclusivo do Clube Quindim, é uma daquelas que abre as portas para refletir sobre uma infinidade de temas, como a intolerância, os riscos e consequências de tirar conclusões precipitadas, e até características individuais, como a introversão.
Além da história contada pelas palavras, não deixe de observar com máxima atenção as páginas ricamente ilustradas em preto e branco - elas guardam muitas informações sobre os personagens e o que realmente aconteceu com o gambá e as pessoas da cidade.
Um livro para conversar com as crianças sobre a importância de estabelecer limites próprios e respeitar os dos outros; aprender a ouvir; questionar a aparências e o inestimável valor do autoconhecimento.