Um grupo de colegas tem o costume de trocar seus pertences. Um dos meninos quer muito dois peixinhos dourados e mostra tudo o que tem para oferecer em troca: robôs transformers, cartões de beisebol, uma flauta irlandesa, livros... O dono dos peixinhos não demonstra interesse nos objetos. Então, o garoto começa a barganhar e oferece o próprio pai, que apenas lê jornal e fica em frente à TV. A troca é feita.
Quando a mãe volta para casa, a irmã tenta alertar que o irmão trocou o pai por dois peixinhos dourados. Mas a mãe não repara nela e nem dá bola para os peixes. Ao se dar conta do que aconteceu, manda o filho trazer o pai de volta. Para a troca ser desfeita, não é tão simples assim.
Em uma história bem humorada pelo inusitado, o leitor acompanha as destrocas que o menino precisa fazer para conseguir o pai de volta. A grande dúvida é se o pai é trocado várias vezes por todo mundo o querer ou por só ficar lendo jornal. A inércia do pai é tanta que ele permanece alheio durante toda a narrativa, seguindo as trocas sem parecer se importar.
O autor teve a ideia de escrever esta narrativa quando seu próprio filho disse, em um momento de raiva, que não queria ter um pai, queria ter um peixinho dourado. O que o fez anotar a ideia por achar genial e por parecer sensato querer trocar o pai vez ou outra. Aliás, peixes não mandam as crianças dormirem cedo.
A história é narrada em quadrinhos e as ilustrações são feitas de desenhos, fotografias, selos e recortes de jornal.