Quando a noite cai na aldeia, a lua nasce e o frio chega, a coruja é a primeira a piar. Depois dela, uma orquestra de pássaros celebra o luar e as estrelas, enquanto os curumins cantam e dançam ao redor da fogueira. Ao amanhecer, outras aves cantam felizes, anunciando um novo dia. As crianças vão tomar banho de rio, as mulheres vão plantar cará e os familiares vem chegando para assar tambaqui.
Com ilustrações de Bruno Nunes, o livro busca representar o cotidiano em uma aldeia indígena Sateré-Mawé, localizada entre os estados do Amazonas e do Pará. As cenas trazem animais bastante típicos da fauna brasileira que poucas crianças (e também adultos) conhecem. Já os versos de Tiago Hakiy são expressamente curtinhos e rimados; guardam beleza e afeto em abundância, fundamentais para abrir as portas e deixar entrar toda a riqueza dos povos originários em nossas casas.
Ainda que o livro nos mostre um cenário distante de nosso dia a dia, ele nos oferece um interessante momento para conversar com as crianças sobre as diferenças entre as coisas que fazemos enquanto quem está no céu é o sol, ou então a lua e as estrelas.