São muitas as fases e descobertas do amadurecimento, e as crianças passam por importantes mudanças que exigem adaptações tanto delas, em relação aos seus corpos e suas possibilidades de exploração, quanto das pessoas que fazem parte de seu dia a dia.
Uma dessas fases é quando elas se percebem como indivíduos independentes dos pais e querem deixar muito claro que são autônomas e reforçam seus gostos e opiniões. Nesta história, Alice é esta mocinha que agora não precisa mais da ajuda de ninguém para fazer as suas atividades, seja escovar os dentes, se vestir, comer, e até mesmo as atividades da escola. Ela consegue fazer tudo sozinha, e, para todo mundo que tenta ajudá-la, ela diz em alto e bom som: Não sou mais bebê!
Se apropriando deste tema tão importante para os pais, em que as crianças começam a se sentirem “adultas”, temos essa delicada história que nos reserva um pequeno afago no final. Há momentos tão intensos e especiais que não podem ser vividos sozinhos, quando compartilhados são potentes em aconchego e são verdadeiros geradores de memórias afetivas e acalanto.
As ilustrações de Anna Aparício Català, vivas, cheias de cores e detalhes, reforçam essa independência, com as feições de Alice mudando cada vez que alguém lhe oferece ajuda, em contraponto às feições de seus familiares e conhecidos.
E você, em quais momentos se permite sentir e ser bebê?