Manolito quer entrar numa certa casa. Primeiro ele bate à porta, pede para entrar, mas não é aceito: afinal, não é gente, é bicho. O dono da casa diz que, uma criatura como Manolito não cabe ali. Ele, no entanto, não desiste. Quer muito entrar, conviver com as pessoas. Argumenta contra todas as imposições, expõe suas semelhanças, é um vai e volta buscando alternativas para provar que é digno de uma chance.
Os dias se passam, Manolito continua a rondar a casa. Não desiste, mesmo! Por mais que receba tantos “nãos”, mesmo não sendo bem-vindo, ele está convicto de sua verdade, do que sente, de que seu lugar escolhido no mundo é bem ali mesmo.Se não lhe permitem entrar na casa, Manolito busca novas estratégias para alcançar seu objetivo. Tarefa difícil diante da intolerância do dono da casa, que não dá uma colher de chá, uma chance sequer para recebê-lo. Será que Manolito não caberia mesmo alí?
Gustavo Roldán, o autor, ilustrou o livro com poucas cores, apenas preto, vermelho e verde, dando destaque ao protagonista nas cenas: grande, peludo e diferentão. Curiosamente, Roldán declarou que se trata de uma história permeada por sua história de vida. Por muitos anos buscou um lugar para chamar de casa, o que acabou encontrando na cidade de Barcelona.