Ter um irmão pode ser bem divertido, mas divertido mesmo é ter um irmão parceiro, sabe?! Daqueles que topam qualquer parada, companheiro de investigações e aventuras. Dupla no futebol como zagueiro e atacante! Não há gol sem essa dupla! Mas se não houver time, há ataque e defesa, Tuca chuta, Lipe, de goleiro, a brincadeira segue... Até... Até que um e outro faça a mesma escolha. Às vezes, é tenso ter um irmão.
Com quem deve ficar um brinquedo se ambos o escolheram ao mesmo tempo? Xiiii ... Com quem ficará com o último pedaço de pizza, se os dois atacam a fatia no mesmo instante? É cada confusão! E no carro de seus pais, então? A disputa às vezes é pelo banco do meio, às vezes lugar perto da janela. Na volta da escola sempre tem um trololó. Até quem um dia há silêncio de sobra no carro, pois Tuca foi para a casa de um amigo e Lipe teve um dia de “filho exclusivo”.
Até que os meninos souberam se divertir longe um do outro, mas será que a saudade não bateu nem um poquinho no coração deles? Claro que sim... Lipe e Tuca seguem o cotidiano entre a fluidez do encontro e a explosão dos sentimentos. São crianças aprendendo a lidar com as emoções.
Patricia Auerbach e Isa, autoras desse livro, propõem uma história leve com algumas nuances a serem desvendadas pelo leitor: que tal atentar para os detalhes nas expressões faciais dos personagens? Que tal, junto com o pequeno leitor, lançar conjecturas sobre presença e ausência? E sobre as diferentes escolhas que fazemos? Ter ou não ter um irmão? Eis aí uma outra questão.