Em uma sociedade que valoriza a extroversão, ser introvertido pode ser percebido como "uma nota fora do tom". A protagonista desta história é tímida, introvertida, se sente deslocada e busca seu lugar no mundo.
Em processo de autodescoberta, a menina se questiona sobre o seu jeito e reflete sobre como deveria ser ou aparentar. Ela imagina lugares onde gostaria de estar e encontra refúgio nos livros. A partir deles, percebe que não é tão diferente assim e reconhece que, apesar de ser calada, sua mente é barulhenta. A leitura e a familiaridade com seu silêncio dão conforto à menina que enxerga todo o seu potencial. Com essa percepção, imagina que um dia irá construir cidades com as suas palavras.
A narrativa é extremamente intimista, o que possibilita ter identificação ou criar empatia pelos sentimentos que a protagonista descreve.
Feitas em preto e branco com grafite, as ilustrações remetem ao realismo fantástico e, em algumas delas, a personagem é destaque em meio a um grupo uniforme de pessoas.