Como aprendemos nas aulas de matemática, paralelas são duas ou mais retas que caminham sempre juntas sem jamais se cruzarem. Porém, o que aconteceria se fossem linhas que pretendessem levar vidas paralelas? Conseguiriam se manter sempre juntas? É o que veremos nesta história, quando duas companheiras decidem partir pelo mundo, correndo aventuras, lado a lado, nas mais altas montanhas, nos mares mais bravios, até caírem numa grande cidade.
Alonso Alvarez e Marcelo Cipis subvertem o conceito da geometria e investem na alegoria para falar de amizades, encontros e desencontros que temos ao longo da vida. E podemos ir além. O que acontece quando finalmente nos reencontramos e geramos um nó difícil de desatar... desse emaranhado surgem novas aventuras ou mudanças? Ah, viver reencontros podem trazer momentos provocadores! Aqui, sem dúvida o leque de reflexões está aberto.
As ilustrações de Marcelo Cipis, sempre atento aos detalhes, partem de dois pontos bem marcados no início da história, passam por inúmeras cenas até a grande reta no fim do livro rumo ao infinito e nos apontam caminhos imagéticos que podem se materializar em distintas conexões afetivas. Desde uma singela releitura de brincadeiras e traços infantis que se transformam, deixam marcas, culminando no amadurecimento pelos contornos da cidade, nos meandros e labirintos da vida adulta.