Partimos de uma casa, na frente da qual há uma roseira, onde pousa um passarinho, que está debaixo de uma janela, que se abre para um quarto, onde há uma cama. E debaixo dessa cama...
Com um texto que ganha o leitor pela simplicidade e o estilo de ilustração em lápis de cor típico da adorada Marianne Dubuc, Em frente à minha casa é uma obra para ser lida e relida em família, para proporcionar muitos momentos gostosos. E tem tudo para ser o próximo livro de cabeceira dos pequenos.
O livro conduz seu leitor por um jogo de adivinhação que surpreende, que constrói uma sequência apenas para quebrá-la em seguida e, assim, sustenta ora o humor, ora o assombro, mas sempre a curiosidade ao longo de suas páginas.
O fluxo dessa obra acontece na proximidade entre um elemento e outro, associando imagens que moram em nossos repertórios concreto e simbólico, às vezes de forma previsível, às vezes de forma inusitada, convidando o leitor a imaginar o que há dentro da barriga do lobo mau, o que está no fundo da caverna ou lá em cima no céu. Como afirmou o International Board on Books for Young People – IBBY, ao descrever esse título em seu catálogo de Livros ilustres para jovens leitores com deficiência: “Esta é uma homenagem caprichosa à imaginação da criança e a todos os lugares que ela consegue alcançar.”