Elmer não era cor de elefante
Elmer se sentia diferente dos outros elefantes e um dia resolveu buscar solução para se tornar cinza, como os outros. Atravessou a floresta, andou bastante até se banhar da cor que tanto desejava. Ao retornar à sua manada, sem ser reconhecido, estranhou tamanha seriedade em seus amigos. O riso do grupo só voltou quando Elmer revelou sua verdadeira cor, um colorido xadrez.
Sentir-se parte de um grupo, de uma família ou de uma sociedade exige para além da legitimação do outro, um trabalho interno de autocuidado e aceitação do que se é. E que bom ter amigos que amenizam os obstáculos e conduzem os fatos com leveza. É de leveza que precisamos para seguirmos acompanhados no curso da vida.
Os traços irregulares e multicoloridos utilizados pelo autor remetem à pluralidade e às imperfeições da vida, e também aos desenhos de crianças menores. Um xadrez de quadrados imperfeitos.
A primeira edição de Elmer - o elefante xadrez, data de 1968 (Inglaterra), e, devido ao seu grande sucesso, transformou-se em uma série traduzida para mais de quinze países.
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