CrocoDali está em seu ateliê, prontíssimo para criar uma nova obra. A tela está em branco, há pinceis e tintas coloridas, há mesmo ali o crocodilo mais talentoso do mundo e... há o leitor, convidado para criar e pintar junto com o artista!
Antes de tudo, porém, é preciso deixar a tela retinha, puxar um pouco para a direita, acertar depois um pouco para a esquerda, devagar, é o que CrocoDali pede ao leitor... Opa! Quanta exigência! Quanta bagunça! No entanto, o espanto do artista dá lugar ao encantamento pela obra que está se compondo: todo o seu entusiasmo volta-se para ultrapassar o método de pintura mais convencional. O artista segue no diálogo com o leitor. Tudo é uma grande brincadeira, como as crianças merecem.
CrocoDali é um trocadilho em homenagem a Salvador Dali, um dos maiores artistas do Surrealismo. Lucy Volpin, a autora, por meio de tintas, lápis aquarela e acrílico, demonstra o processo criativo de um artista e o quanto isso está associado ao lúdico, ao equívoco, ao olhar atento.
Este é um livro de brincar.
Então, se elas desejarem interagir com o livro, logo na página sete temos convite praticamente irrecusável. Livros não são para rabiscar? Essa premissa não é uma verdade, ainda mais quando estão nas mãos livres dos pequenos. É na primeira infância o tempo para o rabisco, o encontro com o equívoco, com o acaso, com a novidade... Adultos, preparem suas vozes! Chacoalhem pernas e braços e sejam felizes lendo juntos.