A pequena Cristina começa o dia comendo duas nozes, uma mexerica e um pequeno prato de sopa. Depois, descansa um pouco sobre o sofá da sala, onde sorve uma xícara de chá com um pouco de açúcar. Ao explorar um vaso de plantas, ela descobre um caracol, uma lagarta e uma sementinha adormecida. O que será que Cristina vai encontrar atrás da cortina?
Num retrato tão cheio de afeto e ternura de Micaela Chirif, com delicadas ilustrações de Paula Ortiz, acompanhamos uma menina brincando com uma coelhinha de pelúcia. Enquanto a boneca explora diferentes cômodos da casa e realiza muitas atividades que podemos supor que a menina também faça, percebemos como a garotinha alterna entre a pessoa que comanda a brincadeira e um lugar que a coloca em pé de igualdade com a coelhinha. Afinal... afinal, ambas se chamam realmente Cristina!
Com uma estrutura que repete palavras e a estrutura das frases, este livro é uma oportunidade para conversar sobre rotina, mudanças e medo, já que a protagonista também se utiliza da coelhinha como um objeto de transição, ou seja, uma fonte de conforto e segurança quando chega a hora de dormir.
Para os leitores adultos, fica também o convite para observar e refletir sobre diferentes momentos do desenvolvimento das crianças dentro de casa, construindo noções de ordem e da própria linguagem. Seu pequeno tem algum objeto desse tipo, que leva para toda parte e que vê como um igual? Que tal como os brinquedos nomeados dão mais segurança para bebês e crianças pequenas quando começam a entender sua individualidade?