O livro produzido pelo artista Fernando Vilela é grandão como a Amazônia. Num formato quadrado, o álbum ilustrado embarca o leitor até os meandros da floresta, o encaminha pelos silêncios que há entre a água do rio e a mata, entre os respiros da fauna que ora é caça, ora caçadora.
A minhoca faceira, que busca uma plantinha para lhe servir de almoço, é observada por uma suntuosa arara-azul que certeiramente lhe pega pelo bico. Depois, a ave é surpreendida, e, no seu momento de descanso, é abocanhada por um espertíssimo porco-do-mato. Na sequência, entram em cena a onça-pintada, o jacaré, a cobra sucuri e outros personagens figurantes. São tantos animais na floresta! E todos famintos.
Quando a história se encaminha para o final, a dona cobra sente uma tremenda dor de barriga, parece que a digestão não está dando conta de tamanho boquejo. A serpente se contorce inteira, parece que vai explodir!
Nas páginas duplas supercoloridas, o autor sempre dá uma pista de que bicho está a espreita, o que pode ser observado ao explorar as ilustrações. É também interessante observar o movimento que incorpora uma palavra na outra para indicar que um animal está dentro do outro.
A floresta abriga muitos animais e suas próprias leis. A propósito, porco-do-mato só vive na floresta amazônica? Que outros bichos vivem por lá?