Uma cena corriqueira com a poesia de Sylvia Orthof e ilustrações de Ionit Zilberman.
A cadela Duna enjoou a bendita ração de todos os dias - imagine, o mesmo sabor e a mesma textura TODOS OS DIAS? Mesmo enfeitada e cantada pelas rimas de Elfrida, sua dona. Enquanto Duna sai à feira da geladeira, um esperto canarinho faz a festa no prato de ração. Come tanto que passa mal. A cadela que parecia sonhar com algo suculento, dá de focinho com os legumes e hortaliças de Dona Elfrida, que decepção! Retorna a sua tigela de ração, mas... tarde demais, nenhum grão.
A voz narrativa desta história parece mesmo ter vida própria e utiliza-se de palavras que expressam o desconforto humano diante de frustrações ou situações desagradáveis. Muito provavelmente, o leitor ensaia ou reescreve suas próprias reações diante da experiência literária na companhia de Duna, além de dar boas risadas com as rimas cuidadosamente pensadas pela ilustre Sylvia Orthof.
Segundo a editora, para compor as ilustrações deste livro, a artista Ionit Zilberman utilizou lápis de cor, lápis de cera, tinta acrílica, papel pardo e recortes. Abusou das cores e traçou detalhes bem interessantes para caracterizar personagens e cenários.