É hora do banho e a Baleia relaxa na banheira cheia de espuma. De repente, a porta se abre e a tartaruga pede para entrar, diz que está com dor nas costas. Logo em seguida, é o Castor que traz uma demanda, depois o flamingo, o urso polar e a criança. Cada um tem um motivo diferente para querer entrar na água e a Baleia vai cedendo seu espaço. Até que, espremida, que ela toma uma decisão.
A banheira é como o coração de mãe, tem sempre espaço para mais um, mas o animal parece um tanto descontente com tantas interrupções e com o espaço que vai diminuindo. Mesmo assim, ela encontra uma solução que transforma a hora do banho em uma confusão deliciosa, onde todos brincam e tomam banho, nos dando um banho de bom humor e divertimento.
Como acontece nos contos de repetição e acumulação, a estrutura do texto se repete a cada página dupla e a novidade fica por conta do pedido de cada animal. O narrador apresenta diferentes maneiras de relatar as falas do personagem (reclamou, lamentou, disse), proporcionando ao leitor a ampliação do vocabulário.
Escrito e ilustrado por Susanne Straßer, a obra tem como um dos pontos altos a representação das emoções dos personagens. A autora mostra através dos desenhos dos olhos, as mudanças nas expressões da baleia, conforme os animais vão entrando na banheira. Os desenhos coloridos, cheios de textura e movimento, nos dão a sensação de estarmos na porta do banheiro, ouvindo toda a bagunça do banho e nos molhando com os respingos da água.