Dong-Dong prefere brincar sozinho ou com seu cachorro, Bolinha, em vez de jogar futebol com os outros garotos. Um dia, quando sai em busca de novas bolas de gude, o menino acaba comprando um pacote de balas mágicas. Redondas e docinhas, as balas tornam audíveis as vozes de seres que estão sempre por perto, porém Dong-Dong não conseguia ouvir.
Narrada por uma voz em primeira pessoa, esta é uma história sensível de Heena Baek a respeito do sentimentos de solidão e empatia, e também sobre as transformações pelas quais as pessoas passam as relações ao longo da vida.
O cachorro Bolinha, que vive com a família há 8 anos, não tem mais a mesma energia de antes para pular e correr, mas continua amando o garoto. O pai de Dong-Dong o enche de recomendações e ordens que podem ser até consideradas chatas e sufocantes que, no entanto, nada mais são do que uma manifestação do seu amor e zelo. Há, ainda, o tocante e mágico diálogo com a avó por meio de uma bala-chiclete. Não se surpreenda se sentir os olhos queimando de emoção.
As ilustrações da escritora e autora sul-coreana, com uma combinação brilhante de bonecos e fotografias em ângulos inusitados que remetem ao cinema, nos transportam para o mundo de Dong-Dong e Bolinha, fazendo-nos refletir: se fôssemos nós a comer algumas balas mágicas, quem ou o quê ouviríamos? E o que nos diriam?