Enxergar o mundo ultrapassa a retina e exige sensibilidade. São tantos os elementos que compõe o ver as coisas. Não à toa, em muitos momentos da vida, se pensa: como não vi isso antes?
Por meio desta premissa, os artistas ucranianos Romana Romanyshyn e Andriy, criaram Assim eu vejo. Arte e Ciência reunidas tratando diversos aspectos do campo da visão. Do abrir os olhos e despertar com o amanhecer, passando por uma consulta oftalmológica, criaturas microscópicas, elementos espaciais, o braile, até curiosidades do cotidiano daqueles sujeitos que exploram os outros sentidos para ver as coisas.
Sons, cheiros e texturas ajudam a viajar,
a não se perder e a sempre encontrar o caminho de casa.
Este é um livro informativo permeado de formas, cores, poesia. Cada página se torna especial, pois apresenta cenas e personagens de universos distintos, sem quebrar com a unidade da crônica. A partir do círculo como elemento visual, há: olho, semáforo, alfabeto em braile, óculos, planetas... As ilustrações se organizam com cores, massas e retículas usualmente exploradas pela técnica da risografia, numa linguagem próxima aos anúncios publicitários e outras formas de comunicação vintage. Nas páginas, o ciano, o amarelo, o vermelho coral e o ocre variam na densidade, abertura de pontos e sobreposições oferecendo nuanças de novas cores ao nosso olhar.
É uma explosão de mundos e como se pode vê-los.
Eu tenho muitas ideias.
Na minha imaginação, retrato
o que ainda não vi.