Lançada originalmente na década de 1960, a obra do aclamado artista francês Tomi Ungerer conta a trajetória de uma canguru que estranhamente nasce com asas e, ao crescer, decide usá-las em busca de sua identidade. Depois de tanto desejar voar como pássaros e aviões, despede-se de sua família e segue o primeiro biplano que avista. É o início de uma aventura transformadora.
Na companhia do piloto, conhece alguns lugares e, ao pousarem em Paris, ela decide ficar. Adelaide passa por alguns perrengues e por meio da bonita amizade com o Monsieur Marius, ganha proteção, arte e trabalho. Na capital francesa, encontra várias estátuas, gárgulas, criaturas com asas semelhantes às dela, e descobre o quanto os seres alados foram especiais ao longo da História. Tudo segue bem, mas ainda falta algo precioso à canguru.
Certo dia, ao realizar feito heroico, Adelaide sofre um grave acidente e permanece hospitalizada para que se recupere das fraturas e ferimentos. Reconhecida pelo seu ato de bravura, torna-se até capa de jornal! Recuperada, Adelaide marca a construção de sua identidade por um desejo amoroso. Com atitude, ela mesma toma todas as providências para seguir ao lado de seu par.
O livro é um passeio pela capital francesa e por comportamentos. Um ensaio sobre coragem, empatia, liberdade e o feminino. Adelaide busca por si mesma e por seus pares e nos sugere que podemos muito. Ou melhor, podemos o tanto que conseguimos sustentar.