Um investigador encontra uma palavra que já estava em desuso: achimpa. Mas qual seria seu significado? A que classe de palavras poderia pertencer? A notícia se espalhou e todas as pessoas quiseram adicioná-la em seus vocabulários. Alguém lembrou de perguntar para a D. Zulmira, uma bibliotecária que contava 137 anos. A senhora logo sanou a curiosidade ao dizer se tratar de um verbo, achimpar. E, assim, as pessoas foram usando como um verbo com os significados que imaginavam ter.
A narrativa dá um nó quando um linguista descobre detalhes até então desconhecidos. Mas logo aparece o investigador com novas informações, que explicavam, mas não tanto assim, a função da palavra "achimpa". Nesta bem humorada história, o vocábulo recém-descoberto é um obscuro objeto de posse e uso das pessoas, brincando com a morfologia e a possíveis classes gramaticais a que pertence. A palavra esquecida passa a ser usada conforme as pessoas determinam e ela ganha novas formas e sentidos, demonstrando como a língua é viva e está em constante transformação.