Edward parecia ter uma vida perfeita: um lar, mesa posta, trajes impecáveis, um relógio de estimação, abraço, amor, atenção, companhia... No entanto, mostrava-se indiferente a todo o cuidado dispensado pela menina Abilene. O coelho de porcelana nunca prestava atenção às conversas, irritava-se quando era abraçado com entusiasmo. Nem uma fantástica viagem de navio com a família parecia fazê-lo vibrar feliz...
O coelho arrogante viveria novas emoções a partir do momento em que fora arremessado acidentalmente ao mar. Roupas rasgadas! Frio!! Medo!!! Foi o que Edward experimentou ao ver-se afundando cada vez mais rumo à imensa escuridão. O coelho será resgatado por um pescador e iniciará sua extraordinária e verdadeira jornada na travessia dos anos, conhecendo outros abraços, a pobreza, o lixo, a esperança, a saudade, o desespero, a espera angustiante por encontrar outra vez Abilene.
A viagem interior de Edward é assim permeada pelas lembranças e pelo desejo de voltar para casa. Quem sabe tenha uma nova chance para sentir o amor? Vestir-se de si?