Beatriz mora com uma família cheia de apaixonados por livros, no entanto não está mais na companhia da mãe, que tirou a própria vida, e do pai nada sabe, há muito ninguém o vê... Junto da menina estão a avó, as tias, os tios e, pelo caminho que faz, a presença das professoras e alguns amigos nas muitas escolas por onde vai.
Dentre eles, está Samuel que se move sobre uma cadeira de rodas e com quem Beatriz rapidamente passa a trocar e-mails. Ternas e sinceras, algumas dessas mensagens são acompanhadas por trovas ou quadrinhas tão ao gosto popular como votos de amizade entre os dois. É impossível não sorrir.
A obra de Eloí Elisabete Bocheco fora escrita e lançada em 2006, então observamos algumas palavras com uma grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico. Essa é praticamente a única coisa que ata a publicação a alguns anos atrás, pois a história com os sentimentos e relatos de Beatriz são universais e inerentes à própria condição humana. Este é um livro para conversar sobre temas difíceis que podem estar presentes na infância e na adolescência, como a morte e as muitas faces da violência, e também sobre tanto daquilo de que a vida é feita: saudade, esperança, amor e sonhos.