PARA INCENTIVAR O HÁBITO DA LEITURA
O último levantamento divulgado pelo Instituto Pró-Livro (IPL), em parceria com a Abrelivros, a Câmara Brasileira do Livro e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), mostrou que a faixa etária entre os 5 e 10 anos é o perfil com maior frequência de consumo de livros de literatura.
Crédito: Divulgação Netflix)
Elas representam 23% de toda a população com hábitos de leitura diariamente e o melhor: por vontade própria. Porém, com o avanço das tecnologias, também têm crescido a dispersão desse público na hora de sentar e ler um livro do início ao fim.
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Então, como incentivar o hábito da leitura entre jovens de forma benéfica e não obrigatória? Veja cinco dicas que separamos:
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LEITURA COMPARTILHADA
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Para Ana Paula Tavares, editora-executiva dos selos infantis do Grupo Companhia das Letras, o incentivo à leitura pode se dar de diversas formas, por exemplo, cultivando o hábito de ler com as crianças desde a primeira infância para que elas desenvolvam o gosto por ouvir histórias.
”A leitura compartilhada, aliás, é muito mais do que transmissão de conteúdo. É contato, afeto, aproximação. Um momento no qual o mediador se dedica a estar junto com o leitor, amplificando a experiência. Por esse motivo, considero que ler uma obra junto com as crianças pode ser um bom estímulo mesmo quando já estão alfabetizadas e, em teoria, aptas a lerem sozinhas”, explica Ana Paula.
Não há uma regra clara na hora de escolher um livro, o que vale é a autonomia. Deixar a criança ou o jovem desvendar o gênero que os atrai pode ser a melhor saída quando o assunto é estimular a leitura.
ESTIMULAR A LER O QUE GOSTA
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PROPOR LUGARES E EXPERIÊNCIAS COM LIVROS
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O professor de história André Luiz dos Santos Valente conta que uma saída é propor experiências a partir dos livros. “É interessante levar esses jovens a bibliotecas, livrarias e clubes de leituras para que eles possam folhear um livro.
Assim, a criança vai dissociando a ideia de que essa será uma leitura chata, maçante ou obrigatória”, destaca. Há, ainda, a possibilidade de participar de clubes de assinatura de livros, como o Clube Quindim, que facilita o recebimento de publicações com uma curadoria de qualidade no conforto de casa.
Criar um hábito de leitura requer trabalho e tempo. E depende do esforço da escola e dos pais. Ana Paula Tavares explica que as famílias são, em geral, os primeiros agentes da leitura compartilhada, dando início a essa jornada leitora dentro de casa e estimulando o gosto pelos livros.
PAPEL DOS EDUCADORES E DAS FAMÍLIAS
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Segundo professores e educadores, é importante justamente desmistificar a ideia de que a leitura será algo maçante. Criar ambientes de debate e discussão são fundamentais para incentivar essa prática.
“É como ver um filme ou uma série: todo mundo quer dividir o que sentiu e achou. O mesmo se dá no mundo dos livros. Acho que é papel da escola formar esse espaço para que os professores incentivem e os alunos organizem esses lugares”, reflete o professor André Luiz dos Santos Valente.