por que é importante incentivá-las?

BRINCADEIRAS FORA DAS TELAS:

Brincar é um direito garantido por lei e defendido pela ONU desde 1959. Mas, em tempos de hiperconectividade, aceleração e consumo desenfreado, há espaço para as brincadeiras e a plenitude na primeira infância?

“A brincadeira desenvolve a criança em todos os aspectos, motor, cognitivo, afetivo e social e ainda colabora para a sua aprendizagem”, explica Maria Angela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP.

Com a hiperdigitalização e os contextos sociais desiguais que atravessam o Brasil, o tempo dedicado à diversão muda de acordo com a realidade de cada criança. Assim, as brincadeiras fora das telas tornam-se ainda mais importantes para garantir a criatividade e a conexão dos pequenos com o ambiente.

A OMS recomenda que crianças de até 2 anos de idade não tenham contato com nenhum tipo de tela. Dos 2 aos 8 anos o uso de telas está liberado para o período de, no máximo, uma hora por dia, com a mediação e o cuidado de um adulto. 

O uso prolongado de dispositivos telas pode atrapalhar o desenvolvimento das habilidades sociais e de linguagem da criança, além de impactar o sono, prejudicar o desenvolvimento neurológico, acarretar problemas emocionais, e causar sedentarismo.

Por isso, as possibilidades de brincadeiras sem essas tecnologias devem ser exploradas e são muitas, como ler e contar histórias, ouvir as histórias da criança, brincar de esconder, conhecer diferentes jogos de tabuleiro, imitar personagens, cantar, pintar e desenhar.

“Hoje as pessoas querem brincadeiras e jogos prontos, algo estimulado pelas tecnologias que enfatizam a extrema rapidez, mas é necessário criar e refletir, porque brincar permite explorar, descobrir, ordenar, classificar e significar. É a base do pensamento,” afirma Maria Angela.

Veja ideias de brincadeiras fora das telas