Deixar a criatividade fluir em um desenho, um projeto, um brinquedo feito com materiais que você tem em casa ou até mesmo montando um móvel ou fazendo uma receita. Quantas vezes meter a mão na massa ensinou a você coisas que a educação formal não dava conta? Esse é o grande valor por trás da cultura maker. Uma abordagem que tem se popularizado cada vez mais conforme foi ganhando as escolas nos últimos anos.

Apesar de estar na moda, a cultura maker começou a se instalar nos anos 1960. Fundamentada na ideia do “faça você mesmo” (o “do it yourself” dos norte-americanos). Ela não rejeita a teoria nem o conhecimento formal, mas incentiva um resgate de espírito artesão, buscando produzir soluções sob medida para demandas específicas, usando a inovação e as habilidades manuais. Hoje, a cultura maker tem sido intimamente relacionada com recursos tecnológicos como impressoras 3D e técnicas de programação, a fim de que as pessoas aproveitem essas linguagens na construção de seus artefatos. Por isso, o Clube Quindim resolveu falar um pouco mais sobre ela.

Por que a cultura maker pode ser boa para o seu filho

Como já dissemos aqui no blog, o mundo que se descortina diante dos nossos olhos neste século apresenta desafios cada vez mais complexos. Afinal, não temos referências dos problemas que têm surgido. Que exigirão das novas gerações criatividade, visão inovadora, pensamento crítico e, ao mesmo tempo, a capacidade constante de reinvenção para chegar a propostas e soluções.

Com suas práticas, a cultura maker prepara as crianças e jovens para desenvolver essas habilidades. Principalmente aquelas ligadas ao design thinking: a capacidade de chegar a soluções diferentes para os problemas, de inventar respostas que não foram criadas antes, de chegar a soluções práticas, sustentáveis, econômicas e dinâmicas. Alinhadas com essas novas competências, muitas escolas têm adotado aulas maker em sua grade extracurricular, equipando laboratórios para isso.

Onde reinam os excessos

Para uma imersão nas práticas de cultura maker, são oferecidas aulas de programação e robótica. Além de laboratórios de marcenaria com todas as ferramentas necessárias, jogos eletrônicos, impressoras 3D e por aí vai. Isso exige recursos e vem associado de altos custos, o que acaba por excluir muita gente. O perigo, nesse caso, é pensar que só é possível apresentar uma criança ao espírito do faça você mesmo se ela tiver acesso a equipamentos de última geração. Quando podemos pensar que o simples ato de fazer um brinquedo com sucata ou fazer uma receita diferente já são formas de colocar essa abordagem em prática.

Outro ponto importante é lembrar de equilibrar essas atividades com aquelas que estimulam tradicionalmente o desenvolvimento de habilidades, como é o caso da leitura. No mundo dinâmico e competitivo em que vivemos, uma abordagem interessante rapidamente se transforma em moda. E acaba sendo imposta às famílias como uma condição urgente para criar filhos bem-preparados para o mercado e para o futuro. Mais prudente é pesquisar como colocar seu filho em contato com essas formas inovadoras de aprender, sempre de forma equilibrada e com tranquilidade.

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