Certamente você já viu por aí aquelas listas com alguns nomes femininos e masculinos mais populares para inspirar quem vai ser mãe ou pai. Mas, e se a inspiração fosse não apenas o nome, mas também as grandes personalidades e suas histórias?

Pensando nisso, o Clube de Leitura Quindim trouxe algumas grandes autoras da literatura que você precisa conhecer! Venha descobrir um pouco mais sobre cada uma delas e, quem sabe, encontrar na nossa lista o nome perfeito para a sua pequena.

Grandes nomes da literatura com obras enviadas pelo Clube Quindim

Vamos começar nossa lista de nomes femininos por algumas autoras incríveis cujas obras foram enviadas para os assinantes do Clube Quindim, em diferentes faixas etárias. Será que você já conhece algumas delas?

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1 – Cora Coralina (1889-1985)

Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas foi uma das maiores poetas e contistas brasileiras de todos os tempos. Nascida em Goiânia, Cora começou a escrever seus contos e versos ainda na adolescência, aos 14 anos, mas a primeira publicação veio somente em 1965, quando estava com quase 76 anos. Pelo Quindim, os assinantes receberam De medos e assombrações, que traz seis lendas que começam nos tempos da Corte no Brasil e atravessam cerca de um século.

Nomes femininos: Cora Coralina

2 – Cecília Meireles (1901-1964)

Jornalista, pintora, escritora e poeta, considerada por muitos como a maior do Brasil, Cecília foi, também, professora. Ao longo da carreira, inclusive, não poupou críticas à qualidade da educação brasileira, e defendeu a importância da formação leitora. Com o silêncio e a solidão como seus grandes aliados, produziu obras eternas, dentre as quais Ou isto ou aquilo e Os pescadores e as suas filhas.

Nomes femininos: Cecília Meireles

3 – Clarice Lispector (1920-1977)

Nascida na Ucrânia sob o nome Chaya Pinkhasovna Lispector, Clarice se mudou para o Brasil aos dois anos de idade para dar início a uma vida em que se entendia como brasileira e pernambucana. Além de jornalista, foi autora de diversos romances, contos e ensaios, que garantiram seu nome no rol das mais importantes escritoras do nosso país. Pelo Clube Quindim, os assinantes já puderam conhecer as obras Quase de verdade e A vida íntima de Laura.

Nomes femininos: Clarice Lispector

4 – Ruth Rocha (1931)

Ruth nasceu em São Paulo, formou-se em sociologia política e se tornou membro da Academia Paulista de Letras em 2007. Tem mais de 200 livros publicados, sendo que alguns deles contam com traduções para mais de vinte idiomas. Deste vasto universo, a família Quindim teve oportunidade de conhecer O que os olhos não veem, Nicolau tinha uma ideia e Alvinho e o presente de Natal.

Nomes femininos: Ruth Rocha

5 – Lygia Bojunga (1932)

Nascida no Rio Grande do Sul, iniciou a carreira como atriz, passando pelo rádio e pelo teatro até nos presentear com o resultado de seu encontro com a literatura. Alguns dos seus livros mais importantes foram enviados pelo Quindim, como Corda bamba, Tchau e A bolsa amarela. Em 1982, Lygia recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Prêmio Nobel da literatura infantil.

Aliás, temos também uma outra grande e incrível autora com esse mesmo nome, a imortal Lygia Fagundes Telles (1918-2022). Ela deixou um belo legado de contos e outras produções literárias, sobre os quais já falamos em nosso blog e você não pode deixar de conhecer!

Nomes femininos: Lygia Bojunga

Veja também: Lygia Fagundes Telles: 5 contos de mistério para a formação de leitores.

6 – Marina Colasanti (1937)

Nascida em Asmara, capital da Eritreia, Marina passou parte da infância na Líbia e na Itália antes de se mudar para o Brasil com sua família, deixando para trás algumas das grandes dificuldades enfrentadas pela Europa depois da Segunda Guerra Mundial. A escritora também atuou como contista, jornalista, tradutora e artista plástica. Pelo Clube Quindim, cinco obras foram enviadas aos assinantes: Breve história de um pequeno amor, Um amigo para sempre, Quando a primavera chegar, Doze reis e a moça no labirinto do vento e A moça tecelã.

Nomes femininos: Marina Colasanti

7 – Ana Maria Machado (1941)

Eleita a sexta ocupante da cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras em 2003, Ana Maria Machado atuou por mais de dez anos como jornalista na Rádio Jornal do Brasil. Além disso, lecionou na UFRJ e na PUC-RJ, e teve sua obra reconhecida no ano 2000 com o recebimento do Prêmio Hans Christian Andersen. Aqui no Clube Quindim enviamos diversas obras da autora, veja só: O alfaiate valente, Gente, bicho, planta: o mundo me encanta, Brinco de listas, Curvo ou reto: olhar secreto, Maré baixa, maré alta e Bisa Bia, Bisa Bel.

Nomes femininos: Ana Maria Machado

Veja também: 80 anos de Ana Maria Machado: quando a festa é de todos nós.

8 – Angela Lago (1945-2017)

A mineira foi uma grande escritora e ilustradora brasileira, reconhecida por seus livros-imagem, ou seja, em que a história dispensa o uso de palavras para ser contada. A obra Cena de rua, enviada para os assinantes do Quindim, foi publicada também no México, nos Estados Unidos e na França, onde foi, inclusive, premiada. Outros livros da autora que os membros da família Quindim já receberam são: A festa no céu, A casa do bode e da onça, De morte!, Indo não sei aonde buscar não sei o quê e Marginal à esquerda.

Nomes femininos: Ângela Lago

9 – Eva Furnari (1948)

Eva nasceu em Roma, mas mudou-se para o Brasil quando tinha apenas dois anos de idade. Formou-se em Arquitetura e iniciou seu caminho na literatura com ilustrações, em livros sem texto. Recebeu o Prêmio Jabuti em variadas ocasiões, inclusive pelo livro Drufs, enviado pelo Quindim. Outras obras da autora que os assinantes receberam são: Você troca?, Luas, Bililico, Não confunda, Cacoete, Filó e Marieta.

Nomes femininos: Eva Furnari

OUTROS GRANDES NOMES PARA CONHECER E SE INSPIRAR

Além do universo de grandes autoras já conhecidos pela família Quindim, separamos mais alguns nomes femininos que, não bastasse serem lindos, também são carregados de importância histórica para a literatura. Confira, a seguir, algumas outras ideias que podem inspirar você na hora de escolher um nome de menina.

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10 – Maria Firmina dos Reis (1822-1917)

Nascida no Maranhão, é autora daquele que é considerado o primeiro romance abolicionista do Brasil. A obra, chamada Úrsula, retrata as relações entre pessoas negras que questionam o sistema escravocrata. Maria Firmina foi uma mulher negra, e sua mãe foi uma mulher escravizada. O registro paterno em sua certidão de nascimento traz o nome de um homem que mantinha relações de sociedade com outro, que por sua vez seria “dono” da mãe de Maria.

Nomes femininos: Maria Firmina dos Reis

11 – Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)

Júlia nasceu no Rio de Janeiro e mudou-se para São Paulo ainda na infância. Publicou desde crônicas e textos jornalísticos até peças de teatro e romances. Uma de suas principais atuações foi na idealização da Academia Brasileira de Letras. Seu nome constava na lista inicial de imortais, mas logo na primeira reunião foi vetado pelos demais indicados para que a entidade fosse exclusivamente masculina. Em seu lugar, incluíram o nome de seu marido, Filinto de Almeida.

Nomes femininos: Júlia Lopes de Almeida

12 – Rachel de Queiroz (1910-2003)

Romancista, tradutora, jornalista e teatróloga, foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na ABL e também a conquistar um Prêmio Camões. Dona de uma obra extremamente relevante para nosso país, foi decisiva para retratar os brasileiros para si mesmos em obras como O Quinze e Memorial de Maria Moura, além de sua coletânea de crônicas escolhidas, que ficarão marcadas para a eternidade.

Nomes femininos: Rachel de Queiroz

13 – Carolina Maria de Jesus (1914-1977)

Uma das primeiras escritoras negras do Brasil, Carolina Maria de Jesus é um dos nomes mais importantes da nossa história. Tendo vivido boa parte de sua vida na favela do Canindé, em São Paulo, sustentando a si mesma e a seus filhos registrou suas vivências em um diário que viria a ser publicado em 1960. Sob o nome Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, o livro foi traduzido para catorze línguas e permanece até hoje como objeto de estudo e investigação de muitos interessados não só em literatura, mas também nos diversos aspectos que envolvem a população negra em nosso país.

Nomes femininos: Carolina Maria de Jesus

14 – Hilda Hilst (1930-2004)

Nascida em Campinas, Hilda é considerada uma das maiores escritoras do século XX. Conheceu Lygia Fagundes Telles na faculdade de Direito e as duas se tornaram grandes amigas. Deixou uma vida de facilidades e conforto, visto que era filha única de um fazendeiro de café, para dedicar sua vida à literatura, escrevendo sobre temas como desejo, amor e sexo.

Nomes femininos: Hilda Hilst

15 – Lya Luft (1938-2021)

Escritora, tradutora e poeta, formou-se em Pedagogia e Letras Anglo-Saxônicas. Atuou como tradutora de obras de grandes nomes da literatura, como Hermann Hesse, Rainer Maria Rilke, Virginia Wolf e Thomas Mann, e publicou também suas próprias obras, como Canções do Limiar, As Parceiras, A Asa Esquerda do Anjo e Reunião de Família.

Nomes femininos: Lya Luft

16 – Conceição Evaristo (1946)

Mestre em Literatura Brasileira pela PUC-RJ e Doutora pela UFF, Maria Conceição Evaristo é um dos mais importantes nomes da literatura brasileira. Segunda filha de nove irmãos, Conceição nasceu em uma família pobre e é a primeira da família a conquistar diploma universitário. Em seu trabalho, a autora retrata a vivência de mulheres negras no Brasil e fala sobre temas críticos e urgentes como discriminação racial, de gênero e de classe, violência, resistência e ancestralidade africana. Foi vencedora do Prêmio Jabuti em 2017 com o livro Olhos d’água.

Nomes femininos: Conceição Evaristo

17 – Alice Ruiz (1946)

Nascida em Curitiba, lançou seu primeiro livro aos 34 anos. Estudiosa do haikai, um tipo de poesia com métrica tipicamente oriental, tornou-se conhecida também por suas composições que vieram a ser interpretadas por grandes nomes da MPB, como Adriana Calcanhoto, Gal Costa e Ney Matogrosso. Uma das mais conhecidas é a versão musicada de seu poema “Socorro”. A melodia, composta por Arnaldo Antunes, foi imortalizada por Cássia Eller em 1996.

Nomes femininos: Alice Ruiz

18 – Eliana Alves da Cruz (1966)

Jornalista e escritora, atuou na cobertura esportiva durante vários anos. Sua estreia na literatura foi com o romance Água de Barrela, baseado na trajetória de sua própria família na África. Venceu o Prêmio Literário Oliveira Silveira em 2015, e vem escrevendo para a publicação jornalista independente The Intercept sobre temas relacionados ao racismo e à escravidão.

Nomes femininos: Eliana Alves da Cruz

19 – Djamila Ribeiro (1980)

Pesquisadora e mestre em Filosofia Política, é ativista do movimento negro, comunicadora, escritora e tornou-se membro da Academia Paulista de Letras em 2022. Seu livro Pequeno Manual Antirracista foi o livro mais vendido em nosso país em 2020. Além deste, outras obras da autora que você precisa conhecer são Quem tem medo do feminismo negro, Cartas para minha avó e O que é lugar de fala?.

Nomes femininos: Djamila Ribeiro

20 – Rita Lee

Não poderíamos encerrar essa lista sem citar o nome dela, que marcou tantos de nós com suas canções inesquecíveis. Com uma história de vida intensa, inspiradora e fascinante, para dizer o mínimo, Rita deixou uma série de quatro livros infantis sobre um ratinho chamado Dr. Alex, que já foi gente mas se transformou em bicho para lutar pela natureza. Escritos em um período onde ainda não se falava muito sobre o tema, menos ainda com crianças, Rita Lee tratou afetuosamente dos cuidados com a preservação da natureza e dos animais com a mesma magia com que fazia de tudo nessa vida. Inesquecível e imortal.

Nomes femininos: Rita Lee