Com quantos meses nascem os dentes? E com quantos anos nasce o último dente? Quais são os sintomas? Tire suas principais dúvidas agora!

Algumas perguntas são comuns durante a maternidade e a paternidade, principalmente entre pais e mães de primeira viagem. Uma delas, que já atravessou décadas e segue firme e forte, é a seguinte: quando nascem os dentes?

Afinal, nós ouvimos falar tanto sobre os sintomas do nascimento dos dentes que nos preocupamos por antecipação, sempre atentos a qualquer pontinha na gengiva dos pequenos para nos preparar para o que vem em seguida.

Embora “quando nascem os dentes” seja uma pergunta clássica, nem todos sabem respondê-la, até quem já passou por isso com seus filhos, já que são tantas dúvidas e perguntas que às vezes esquecemos de algumas respostas no meio do caminho.

Essa, inclusive, é uma preocupação que acompanha os pais por bastante tempo, já que o intervalo entre o nascimento do primeiro e do último dente pode chegar a até – pasmem – 20 anos!

Para tirar a dúvida de quando nascem os dentes dos pequenos, o nosso clube do livro infantil preparou um conteúdo com as principais perguntas e respostas sobre o assunto.

Quando nascem os dentes de leite?

Quando nascem os dentes de leite

Essa é uma pergunta para a qual não existe uma resposta padronizada. Afinal, como cada bebê é único, o momento do nascimento da primeira dentição, que traz os decíduos, os populares “dentes de leite”, varia de acordo com cada pequeno.

Porém, as seguintes faixas de idade podem ajudar a prever quais são as datas médias em que os dentinhos devem começar a aparecer na boca do seu bebê:

  • Antes de o bebê nascer: durante as seis primeiras semanas de gestação, inicia-se o desenvolvimento dos dentes. Os botões dentários começam a surgir embaixo da gengiva por volta da oitava semana de gestação e ficam ali até depois do nascimento.
  • De 5 a 7 meses: incisivos inferiores, que ficam na frente da boca, na parte de baixo.
  • De 6 a 8 meses: incisivos superiores, na frente da boca, acima dos incisivos inferiores.
  • De 9 a 11 meses: incisivos laterais superiores, ao lado dos incisivos superiores.
  • De 10 a 12 meses: incisivos laterais inferiores, ao lado dos incisivos inferiores.
  • De 12 a 16 meses: primeiros molares, ao lado de onde depois surgirão os caninos.
  • De 16 a 20 meses: caninos, entre os incisivos laterais e os primeiros molares.
  • De 20 a 30 meses: segundos molares, que ficam mais ao fundo da boca.

Geralmente, a maioria das crianças já terá todos os seus 20 dentes de leite aos dois anos e meio de idade (30 meses).

Quando os dentes de leite começam a cair?

Quando nascem os dentes e quando caem os dentes de leite

Também depende de cada criança. Porém, geralmente, os dentes de leite começam a amolecer e cair por volta dos 6 anos de idade. A ordem costuma ser a seguinte:

  • 6 anos: incisivos inferiores
  • 7 anos: incisivos superiores e incisivos laterais inferiores
  • 8 anos: incisivos laterais superiores
  • 9 anos e meio: caninos inferiores
  • 10 anos: primeiros molares superiores e inferiores
  • 10 anos e meio: segundos molares superiores
  • 11 anos: caninos superiores e segundos molares inferiores

Seguindo essas estimativas, aos 11 anos, os pequenos já não devem ter mais nenhum dente de leite na boca, embora isso possa variar de acordo com cada um.

A seguinte imagem, retirada de uma página do Hospital Infantil Sabará, traz algumas estimativas ilustradas, as quais ajudam a entender melhor tanto a ordem de quando nascem os dentes quanto a troca dos decíduos pelos dentes permanentes.

Quando nascem os dentes de leite

E quando nascem os dentes permanentes?

Assim que os dentes de leite caem, os permanentes já começam a crescer. Porém, pode ser que haja um pequeno intervalo nesse período.

As seguintes idades estimadas ajudam a prever quando devem surgir os dentes permanentes na boca dos pequenos:

  • De 6 a 7 anos: primeiros molares superiores e inferiores e incisivos centrais inferiores
  • De 7 a 8 anos: incisivos centrais superiores e incisivos laterais inferiores
  • De 8 a 9 anos: incisivos laterais superiores
  • De 9 a 10 anos: caninos inferiores
  • De 10 a 11 anos: primeiros pré-molares superiores
  • De 10 a 12 anos: segundos pré-molares superiores e primeiros pré-molares inferiores
  • De 11 a 12 anos: caninos superiores e segundos pré-molares inferiores
  • De 11 a 13 anos: segundos molares inferiores
  • De 12 a 13 anos: segundos molares superiores
  • De 17 a 21 anos: terceiros molares superiores e inferiores (ou dentes do siso)

A seguinte imagem, de outro artigo do Hospital Infantil Sabará, ilustra as datas estimadas para que os dentes permanentes “saiam”, o que é tecnicamente chamado de erupção:

Quando nascem os dentes permanentes

Veja também: Saltos de desenvolvimento do bebê: o que são e como lidar com a mudança

E se os dentes nascerem fora da ordem ou do prazo estimado, existe algum problema?

Não necessariamente. Como mencionamos, essas são apenas estimativas e que, portanto, podem ser diferentes para os seus filhos.

Embora este não costume ser um problema grave, se a diferença de tempo for muito grande ou você tiver alguma dúvida, o ideal é procurar um odontopediatra, que poderá analisar melhor a situação e orientar os pais ou responsáveis.

Por que os dentes do siso demoram tanto para sair?

Quando nascem os dentes do siso

Porque eles precisam de muito espaço para crescer, o que demanda tempo.

Cada dente demora um determinado tempo para sua formação e erupção. Os dentes do siso (ou terceiros molares) começam a se formar mais ou menos aos 5 anos de idade, mas só costumam nascer entre os 17 e 21 anos.

Essa é uma prática que o corpo faz automaticamente, já que os dentes não caberiam todos na boca ao mesmo tempo até que a gengiva tenha espaço para abrigá-los. Porém, pode acontecer de a arcada dentária crescer e ocupar o espaço que seria reservado para os sisos.

Há diferentes motivos para que isso aconteça, de um maxilar superior ou uma mandíbula muito pequenos ou por dentes que não nasceram na posição ideal. Nesses casos, quando os sisos saem, eles podem apertar os dentes vizinhos, causando dores e inflamações.

Há, inclusive, pessoas que nem têm mais os dentes do siso, o que mostra uma tendência de evolução da espécie. Afinal, nossos ancestrais usavam os dentes com muito mais intensidade do que fazemos hoje, o que levou os terceiros molares a perderem boa parte de sua utilidade.

Inclusive, fica aqui uma curiosidade: os dentes do siso também são chamados de “dentes do juízo” porque costumam aparecer no momento de transição da adolescência para a vida adulta, quando, supostamente, também adquirimos o juízo necessário para essa nova fase.

Veja também: Como estimular a fala do bebê? Confira 10 dicas

Quais são os sintomas do nascimento dos dentes e o que fazer para amenizá-los?

O que fazer quando nascem os dentes do bebê

Voltando um pouco para os primeiros anos de vida, lembra quando comentamos, lá no início do conteúdo, sobre os sintomas de dentes nascendo? Pois bem, embora muitos deles sejam bastante conhecidos, quase como um conhecimento popular, há questionamentos científicos sobre sua existência.

De acordo com o estudo Teething and tooth eruption in infants: A cohort study, publicado no periódico Pediatrics, muitos sintomas são atribuídos à dentição em crianças, mas há poucas evidências que suportam essa crença.

Participaram 21 crianças de 6 a 24 meses, resultando em dados sobre 236 dias em que estavam nascendo dentes e 895 dias em que não estavam, pertencentes a 90 dentes no total.

A conclusão do estudo foi que ele não confirmou as intensas associações relacionadas à erupção dos dentes e à presença de sintomas do nascimento dos dentes em crianças de 6 a 30 meses, ainda que não se possa descartar a possibilidade de haver leves associações entre os dois assuntos.

Veja também: 10 dicas para mães de primeira viagem que vão ajudar na gestação e na maternidade

Mesmo que não haja uma conclusão científica sobre os sintomas do bebê quando está nascendo dente, não deixaremos de destacar aqui alguns dos que são popularmente associados à chegada dos dentinhos, acompanhados de possíveis soluções para cada um.

O conteúdo foi baseado em um artigo do CHLA, o Hospital de Crianças de Los Angeles.

Confira:

Irritabilidade

O rompimento da gengiva para a saída dos dentes é desconfortável, especialmente nos primeiros dentes e nos molares.

O que fazer: abrace e mime os pequenos! O tempo extra com os bebês pode ajudar a aliviar a dor, além de trazer bastante conforto.

Salivação em excesso

A dentição pode estimular a salivação, que já é recorrente em muitos bebês.

O que fazer: a saliva pode causar irritações na pele, especialmente ao redor da boca, nas bochechas, no queixo e no pescoço. O ideal é manter a área limpa e seca, usando paninhos regularmente. Cremes para bebês podem ajudar a hidratar a pele ressecada.

Tosse

Graças à saliva, os bebês podem tossir ou, eventualmente, ter pequenos engasgos.

O que fazer: se não for uma tosse constante, com alteração na temperatura do bebê, não costuma ser nada muito preocupante. Se ele apresentar febre ou muita tosse, entre em contato com o seu pediatra. Febre alta com sintomas de resfriado e febre não estão associados à dentição e podem ser outro sinal de alerta.

Morder e roer

A pressão contrária ao morder praticamente tudo que os pequenos encontram ao seu alcance pode aliviar a pressão debaixo das gengivas.

O que fazer: itens gelados, como mordedores, ajudam bastante. Se os bebês já estiverem na idade de comer, fazer picolés caseiros e naturais de frutas e vegetais, sem açúcar, sal ou outros condimentos, pode aliviar bastante o desconforto.

Leia também: Introdução alimentar: quando e como introduzir os alimentos aos bebês?

Febre baixa

Temperaturas esporádicas de 36,6º C a 37,6º C podem ser resultado dos bebês colocarem as mãozinhas sujas na boca. Porém, se a febre estiver acima de 37,7º C ou for constante, é fundamental entrar em contato com o seu pediatra, já que isso pode não estar relacionado à dentição, mas, sim, a algum outro motivo.

O que fazer: use o remédio para febre indicado por seu pediatra na dosagem correta e respeitando o tempo entre cada dose. Se a febre não baixar, procure auxílio médico imediatamente.

Esfregar as bochechas e puxar as orelhas

A dor na gengiva pode se deslocar para a bochecha e as orelhas, especialmente quando os molares estão saindo. Por isso, é normal que os pequenos fiquem esfregando essas áreas.

Cabe ressaltar também que coçar ou puxar as orelhas pode ser um sinal de uma infecção de ouvido. Por isso, se perceber que o sintoma continua ou está acompanhado por febre, contate o seu pediatra imediatamente.

O que fazer: tente esfregar e massagear as gengivas da criança com o dedo limpo por um a dois minutos para aliviar o desconforto.

Mudanças nos padrões de alimentação e sono

Dado o desconforto, é comum que os bebês e crianças não queiram comer como geralmente fazem, além de acordarem mais vezes ou demorarem mais tempo até que peguem no sono.

O que fazer: tente oferecer alimentos mais moles para facilitar a mastigação. Alimentos gelados também aliviam bastante o desconforto. Em relação ao sono, a chave é ter paciência até que os pequenos consigam dormir, mesmo em meio a esse desconforto.

Diarreia

Algumas pessoas acreditam que o aumento na produção de saliva causado pela dentição pode fazer que as fezes fiquem ligeiramente mais soltas. Porém, é importante lembrar que esse pode ser o sinal de uma infecção mais séria.

O que fazer: se a diarreia persistir ou você achar que não tem nenhuma relação com os dentes, contate o seu pediatra o quanto antes, principalmente se ela for acompanhada por vômito ou febre alta.

Veja também: Rede de apoio: 10 dicas para criar um espaço de acolhimento para chamar de seu

Nascimento dos dentes: uma fase marcante na vida de bebês e crianças

Quando nascem os dentes das crianças

É interessante saber com quantos meses nascem os dentes, bem como com quantos anos nasce o último dente. Porém, a cada novo dente que nasce, percebemos que nossas crianças estão crescendo, o que traz aquela saudade da época de bebê, mas também muita alegria.

Pensando agora nos pequenos, é importante ficar de olho para quando os dentes podem estar nascendo. Afinal, não deve ser nada agradável sentir algo atravessando sua gengiva, e é por isso que eles apresentam algumas mudanças em seu comportamento, demandando mais atenção dos pais e cuidadores.

Além disso, cabe ressaltar que alguns dos sinais de nascimento dos dentes podem ser parecidos com os que acontecem durante os picos de crescimento do bebê ou os saltos de desenvolvimento do bebê, quando eles também podem apresentar algumas mudanças em seu comportamento.

E aí, você já sabia quando nascem os dentes? Já presenciou algum sintoma diferente em suas crianças? Tem mais alguma dica importante para ajudar a aliviar o desconforto? Deixe sua opinião aqui nos comentários e até a próxima!

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