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Desafio Momo: como proteger crianças e jovens dos perigos da internet

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A tecnologia pode conectar pessoas e distribuir informações com uma potência e uma rapidez nunca vistas antes. Por outro lado, surgem alguns perigos que deixam todos os seus usuários vulneráveis, principalmente as crianças e os jovens. É o caso de desafios como o da Baleia Azul, que circulou nas redes no ano passado, e o desafio Momo, que tem se tornado popular e deixado muitos pais e educadores em estado de alerta.

A onda não é exclusividade do Brasil, e foi notada em países como México, Argentina e Estados Unidos. De acordo com investigadores mexicanos, o desafio Momo teria aparecido pela primeira vez em um grupo do Facebook. Tornou-se, depois, um viral de WhatsApp: um perfil que divulga imagens violentas, passa desafios ao usuário e pode tentar extrair dados de segurança. Algumas escolas têm alertado os pais sobre o assunto – especialmente depois que um menino de 9 anos, do Recife, se suicidou supostamente em consequência do desafio Momo, de acordo com informações do jornal Folha de Pernambuco.

Para além do clima de incerteza e medo que notícias como essa geram, este é um momento de estar alerta. Pode ser também uma oportunidade para conversar com as crianças e investir em algumas atitudes capazes de reforçar a segurança dos pequenos na esfera digital. Para ajudar você nessa missão, a Equipe do Clube Quindim reuniu algumas dicas, com a consultoria da pedagoga e psicóloga Betty Monteiro.

Aproxime-se de seu filho

É importante entender que, durante a pré-adolescência e a adolescência, é muito comum o jovem se isolar e vivenciar coisas que não divide com os pais. De acordo com a especialista, muitas crianças e adolescentes têm uma vida diferente com os amigos, e nem sempre a mostra aos pais. Como o contato com grupos é fundamental para que eles construam sua identidade, podem aderir ao desafio Momo ou outros parecidos para se sentir parte de alguma tribo. Além disso, existe certa sensação de onipotência: “Eles se expõem a situações de risco, mas nem sempre têm maturidade para lidar com isso”, diz. Estar perto dos filhos e ouvi-los com amor e atenção são formas de dar o amparo de que precisam nessa fase.

Em vez de proibir, oriente

Orientar os jovens a terem cuidado na hora de adicionar quem não conhecem em aplicativos de troca de mensagem ou nas redes sociais, além de bloquear contatos indesejados são as dicas que a ONG Safernet dá em casos como o do desafio Momo. A organização lembra, ainda, que simplesmente proibir o acesso à internet ou confiscar os aparelhos não costuma ser efetivo. Afinal, na escola e entre amigos, as crianças certamente terão esse contato. A melhor maneira de driblar esses perigos é estabelecer um canal de comunicação sólido com o jovem, tanto em casa quanto na escola. Assim, é possível apresentar os riscos que o cercam e ajuda-lo a aprender a lidar com eles.

Atente-se aos sinais

Apesar do isolamento ser uma característica comum entre a infância e a adolescência, alguns sinais podem indicar que o jovem precisa de um apoio específico. A psicóloga explica que baixa performance escolar, dormir muito ou muito pouco, ficar recolhido ou agressivo são indícios que merecem um olhar mais atento. Aí, surge a necessidade de avaliar de perto se há algum acontecimento que motiva esses comportamentos, com o auxílio de um profissional da saúde mental e da escola.

Literatura como apoio

Apresentar literatura de qualidade para o seu filho é uma forma de estimular a formação de seu senso crítico e a capacidade de sentir empatia pelos outros. Com essas competências, ele fica mais preparado para os desafios do mundo contemporâneo, para pensar individualmente, por si mesmo, e para se proteger dos perigos que se apresentem. Uma pesquisa da Universidade de Nova Iorque, em colaboração com o IDados e com o Instituto Alfa e Beto, comprovou que ler para seu filho ao menos três vezes por semana melhora inclusive problemas de comportamento. Ou seja, a leitura desenvolve não apenas aspectos cognitivos, como costumamos associá-la, mas também aspectos comportamentais. Conversar sobre o que lê também estimula o diálogo e a troca, oferecendo momentos em que vocês poderão trazer para a mesa uma série de reflexões que trarão autoconhecimento e aproximarão os dois, preparando-os para lidar com os desafios do mundo contemporâneo.

APROVEITE ESTE MOMENTO PARA INCENTIVAR A LEITURA!


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